domingo, 15 de fevereiro de 2009

João Paulo pode dis­pu­tar o Estado


Caso Eduardo Campos (PSB) de­sis­ta da ree­lei­ção em Per­nam­buco para en­trar na cor­ri­da pre­si­den­cial, a dis­pu­ta pela vaga de can­di­da­to a go­ver­na­dor den­tro das for­ças es­quer­dis­tas será acir­ra­da. Quem pode aca­bar be­ne­fi­cia­do é o ex-pre­fei­to do Recife, João Paulo (PT), que tem pre­ten­sões ma­jo­ri­tá­rias desde 2006, quan­do co­gi­tou dei­xar o Executivo mu­ni­ci­pal para con­cor­rer - quem aca­bou can­di­da­to pelo PT foi o se­cre­tá­rio es­ta­dual das Cidades, Hum­berto Costa. João Paulo não des­car­tou a pos­si­bi­li­da­de de ocu­par o es­pa­ço, mas pon­de­rou di­zen­do que a ten­dên­cia é que o go­ver­na­dor tente a ree­lei­ção.
“Acredito que Eduardo está aba­li­za­do para a Presidência da República. No en­tan­to, cabe ao pró­prio go­ver­na­dor de­fi­nir se es­ta­rá em um pro­je­to na­cio­nal ou no plano es­ta­dual. Independente da es­co­lha, temos que mon­tar uma chapa com­pe­ti­ti­va, com can­di­da­tos a de­pu­ta­dos e se­na­do­res for­tes para fa­ci­li­tar a elei­ção. Eu de­fen­do que quem coor­de­ne o pro­ces­so seja o go­ver­na­dor”, ana­li­sou João Paulo, que tem pla­nos para dis­pu­tar uma das duas vagas para o Senado. Para o ex-ges­tor, o que deve ser dis­cu­ti­do no mo­men­to são as for­mas de ajuda à pre­si­den­ciá­vel Dilma Rousseff (PT).
Lembrado como um dos pos­sí­veis can­di­da­tos a go­ver­na­dor, Humberto Costa acre­di­ta que não há mo­ti­vos para se pen­sar que Eduardo Campos ab­di­ca­rá da ree­lei­ção. Para o pe­tis­ta, o “chefe” tem “es­ta­tu­ra po­lí­ti­ca para dis­pu­tar qual­quer elei­ção”. Questionado se João Paulo - que dis­pu­ta com ele a he­ge­mo­nia den­tro do PT per­nam­bu­ca­no - seria o subs­ti­tu­to na­tu­ral do so­cia­lis­ta, Humberto re­cor­reu à tra­di­cio­nal res­pos­ta: “é muito cedo para de­fi­nir”.
O ex-mi­nis­tro da Saúde des­ta­cou, ainda, que, in­de­pen­den­te do nome, o bloco es­quer­dis­ta deve estar unido para per­ma­ne­cer no Poder. Ele, in­clu­si­ve, já ma­ni­fes­tou a von­ta­de de con­cor­rer a uma vaga na Câ­mara Federal ano que vem.


Folha de Pernambuco

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