RENATA BEZERRA DE MELO
Em viagem ao Sertão do São Francisco, o governador Eduardo Campos (PSB) encaminhou, ontem - no primeiro dia de atividades do Legislativo -, mensagem à Assembleia com a prestação de contas da administração em 2009. Como porta-voz, o secretário de Planejamento e Gestão, Geraldo Júlio, transmitiu o conteúdo aos parlamentares. No balanço, números positivos nos três focos prioritários de atuação designados para o primeiro mandato (2007-2010): Educação (1° ano), Segurança (2° ano) e Sáude (3° ano). Com 180 páginas, o relatório, no ano em que o socialista disputará a reeleição, funciona como uma pauta de argumentos a favor de um governo “de paz”, como caracterizou o secretário da Casa Civil, Ricardo Leitão. Braço direito do governador, ele destrinchou o material, juntamente com Geraldo Júlio, em coletiva para a Imprensa. Inevitável foi uma comparação com o governo Jarbas Vasconcelos (1998-2006), possível adversário de Eduardo Campos nas urnas este ano. Ricardo Leitão advertiu que o documento não se configura como “peça eleitoral”, embora contenha “dados que certamente vão nortear o debate”. Isso porque o próximo balanço do tipo só sairá em fevereiro de 2011. Entre os louros destacados num paralelo com o governo do peemedebista, foi apontado o Complexo Industrial e Portuário de Suape. “De R$ 2 milhões de investimentos (na era Jarbas), passou para R$ 436 milhões em 2009”, realçou Leitão, frisando o incremento de 446% na aplicação de recursos. Dados da Educação também foram usados como parâmetro. “Escolas integrais eram 13. Hoje, são 160. Eram 4.600 alunos, hoje são 73 mil na escola”, sublinhou o titular de Planejamento e Gestão. O costumeiro tema da privatização da Celpe, sempre citado em dicursos governistas contra a gestão anterior, também foi pincelado. Fez-se um comparativo entre as contas de energia de 2009 - com aumento apresentado de 12,9% - em relação ao período de 2001 a 2006, cujo acréscimo ficou em 155%. Dos projetos mantidos da administração anterior foram lembrados, por Ricardo Leitão, Suape, as escolas integrais e a adutora de Pirapama, hoje com 60% de sua execução encaminhada. O fato desta última obra não ter sido concluída antes deste mandato foi atribuído por Leitão à incapacidade dos antecessores de negociar com a Caixa Econômica Federal. Segundo Geraldo Júlio, foi necessário construir políticas públicas de Educação, Saúde e Segurança “a partir do zero”. “Não existia. Demos merenda, material escolar, contratamos professores. Na Segurança, erguemos o Pacto pela Vida (com redução em 12% dos homicídios em cima do ano anterior). Na Saúde, construímos as Upas (Paulista, Igarassu e Olinda) que resultarão em dois milhões e 500 mil consultas por ano”, listou Geraldo Júlio. Para Leitão, o relatório traduz a “paz política” vigente. “O processo de radicalização que existia não tem mais, o Governo desceu do palanque assim que acabou a eleição. O governador vai ao Interior, visita prefeitos recebe parlamentares, estaduais e federais, independente dos partidos. Há um proceso de mudança na cultura do Estado”, arrematou. (Folha de Pernambuco) Foto/arquivo:Josélia Maria |
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