sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Ministra-candidata dispara contra o PSDB

DILMA: tucanos não dimensionaram o Bolsa Família
BRASÍLIA (AE) - Em um discurso para delegações estrangeiras convidadas para o 4º Congresso do PT, a ministra Dilma Rousseff subiu o tom e deu uma prévia do que planeja para o lançamento de sua pré-candidatura à Presidência, amanhã. A portas fechadas, afirmou que estão montados “alicerces fortes” para construir o futuro do Brasil. De quebra, não perdeu a chance de alfinetar o PSDB. Dilma reclamou, por exemplo, do apelido “Bolsa-Esmola”, dado ao programa Bolsa Família.

“Nossos adversários não tinham ideia da dimensão econômica que o projeto teria. Agora, têm de admitir que isso ajudou o nosso governo a tirar 20 milhões de pessoas da miséria”, disse Dilma, segundo relato de petistas que assistiram ao discurso. Na fala, ela também não perdeu a chance de tentar abocanhar parte da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no exterior. Falou sobre o avanço da política externa brasileira e deu atenção especial à relação Brasil-Estados Unidos. “Quem sabe se valorizar é valorizado lá fora”, enfatizou.

A presença da ministra ontem pegou de surpresa alguns petistas. Na cúpula partidária, entretanto, a avaliação era a de que ela não podia perder a chance de ganhar visibilidade no exterior. Circula no PT um plano para mobilizar filiados que vivem fora do Brasil a votarem na ministra na eleição presidencial. A estratégia chegou a ser exposta em um texto elaborado durante um encontro ocorrido em Lisboa, em janeiro. O documento serviria de base para um projeto de resolução para o congresso, mas não chegou a ser incluído na pauta de votação.

O tom, porém, não é o mesmo seguido por Dilma em seu discurso. Ao analisar a conjuntura internacional, o texto fala em uma “contraofensiva” da direita para recuperar espaço na América Latina. Menciona o lançamento de uma “nova direita que mistura doses de Sarkozy e Berlusconi”, uma referência ao presidente francês, Nicolas Sarkozy e ao premie italiano, Silvio Berlusconi.(Folha de Pernambuco)

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