sábado, 27 de fevereiro de 2010

Três meses que mudaram Brasília

No dia 27 de novembro do ano passado, Arruda era o favorito para se reeleger governador. Hoje, está preso e a capital do país sofre sério risco de sofrer intervenção federal

Presidente da associação dos procuradores defende intervenção em Brasília: instituições não estão funcionando


O dia 27 de novembro ficou marcado na curta história política do Distrito Federal. Em questão de horas, mandados de busca e apreensão cumpridos nas sedes dos poderes Executivo e Legislativo da capital do país trouxeram à tona um dos maiores escândalos políticos da história da República. Três meses depois, o governador José Roberto Arruda (sem partido) está preso e sofrendo processo de impeachment. O vice Paulo Octávio não resistiu no cargo, saiu do DEM, renunciou e prometeu largar a vida política.

Além disso, o ex-presidente da Câmara Legislativa Leonardo Prudente, ameaçado por um processo de quebra de decoro parlamentar entre os próprios colegas, também renunciou e deixou o DEM. A imagem de Prudente colocando dinheiro de propina na meia, com a justificativa de que não usa pasta e que era “doação “não contabilizada”, deixou indignada boa parcela da sociedade brasiliense.

Além dele, outros dois parlamentares, também flagrados em vídeo, respondem a processos por quebra de decoro. Junior Brunelli (PSC) deve renunciar na segunda-feira (1º). Sua carta de renúncia, inclusive, já está pronta. Já Eurides Brito (PMDB) promete permanecer no mandato até o fim do seu julgamento na Câmara.

Congresso Em Foco

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