sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

João Paulo trata escolha com Dutra


EX-PREFEITO foi carregado nos braços por militantes
O ex-prefeito João Paulo (PT) almoça, hoje, com o presidente nacional do PT, Eduardo Dutra, para tratar da disputa interna do PT em torno da indicação para o Senado. Ontem, ao desembarcar no Recife após um período de conversas com aliados em São Paulo, o ex-gestor disse que a definição dos nomes “tem que passar pelo presidente Lula e o governador Eduardo Campos”. Ele afirmou que a conversa com Dutra irá “clarear” quais as estratégias da nacional para Pernambuco. O encontro servirá ainda para verificar a afinidade com a estratégia nacional.

Disse ainda que mais do que a reeleição do governador Eduardo Campos (PSB), a disputa para o Senado será de fundamental importância para o governo da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, caso seja eleita presidente. “Os candidatos ao Senado, a meu ver, têm importância maior para o governo de Dilma. Precisamos mudar o placar de três a zero para dois a um”, disse, numa referência aos três senadores pernambucanos, Marco Maciel (DEM), Jarbas Vasconcelos (PMDB) e Sérgio Guerra (PSDB), que fazem oposição ao governo Lula.

Para João Paulo, a chapa ao Senado tem que ser construída não só em função do PT, mas “tem que representar a soma das nossas forças”. “Que tenha a maior representatividade para não impor uma derrota às nossas forças”, analisou.

Embora saiba que as prévias são um instrumento democrático do PT, João Paulo se mostrou preocupado com a disputa. “É um processo delicado. Tem que ser bem construído. O candidato tem que representar mais do que o PT, tem que representar o conjunto das forças”, soltou. Mesmo assim, acredita que não haverá dificuldade, caso ocorram prévias.

Segundo o ex-prefeito, não se trata de uma disputa do Campo de Esquerda Unificado (CEU), grupo que comanda, e a tendência Construindo um Novo Brasil (CNB), liderada pelo secretário das Cidades, Humberto Costa. “Vamos buscar, através do diálogo, o entendimento. Se o nome de Humberto ou Maurício Rands for o escolhido não há problema. Agora o que não poderíamos era aceitar o menosprezo com relação a mim e ao que eu represento no partido. Por isso coloquei meu nome à disposição”, reclamou. (Folha de Pernambuco)

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