segunda-feira, 8 de junho de 2009

Tempo indefinido para identificação de corpos, diz perito


O coordenador da equipe de peritos forenses enviada a Fernando de Noronha disse neste domingo (7) que não há como prever quanto tempo levará a identificação de todos os corpos resgatados do avião da Air France que caiu no oceano Atlântico.

Jeferson Evangelista Correia, perito da Polícia Federal de Brasília e coordenador da equipe, afirmou em uma entrevista coletiva que "como em todo processo de identificação, não há como dizer quanto tempo vai levar".

Correia explicou que "o trabalho de identificação começa aqui (em Noronha), continuará no Recife e depois segue a partir dos exames digitais e de DNA em Brasília", acrescentando que, apesar do "clamor popular" pelo esclarecimento do acidente, "é preciso ter paciência".

Uma fragata brasileira navegava neste domingo rumo a Noronha com corpos e objetos recolhidos após o desaparecimento, há sete dias, do voo AF 447 da Air France, que ia do Rio a Paris, em uma área próxima ao arquipélago de São Pedro e São Paulo.

Neste domingo, três peritos policiais se somaram a outros cinco da PF, que chegaram um dia antes à principal ilha do arquipélago, que fica a cerca de 350 km do Recife. Lá, eles montarão um pequeno centro de perícia, destinado à "pré-identificação" dos cadáveres..

"O final da identificação dos corpos poderá ser muito rápido em algumas situações, nas que conseguirmos recolher uma boa impressão digital e quando o corpo chegar a Recife. Se for o caso de um brasileiro que já tenhamos registrado em nosso banco de dados digital, pode ser que em poucas horas depois consigamos fornecer as identidades", afirmou.

O coordenador anunciou, por outro lado, que a próxima etapa consiste em catalogar os corpos e os objetos pessoais dos passageiros do avião para agilizar o processo, o que também exigirá a participação de familiares das vítimas.

Correia destacou que "se o corpo não for de um brasileiro, que não está registrado em nosso banco, poderemos ter dificuldades" para a identificação, concluindo que "nosso trabalho vai terminar logo depois que recolhermos material do último corpo que for encontrado."

Fonte: Diário do Grande ABC

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