Sempre que instigado a falar sobre eleições, o governador Eduardo Campos (PSB) repete o mantra: “2010 só em 2010”. Certo ele. Condutor do processo sucessório, Eduardo sabe que definir publicamente agora a sua chapa lhe traria dividendos políticos e administrativos. Mas, se 2010 fosse em 2009, ao contrário das tantas especulações e a contragosto de muitos petistas, a majoritária governista seria aquela por muitos classificada de “natural”: João Lyra (PDT) na vice, João Paulo (PT) e Armando Monteiro (PTB) para o Senado.
“Eduardo não vai tirar Lyra. O simbolismo da vice é forte. O sentimento da continuidade passa pela vice”, assegura um socialista muito próximo ao governador. A estratégia tem respaldo na história. Em 1998, Arraes trocou Jorge Gomes (PSB) por Fernando Bezerra Coelho (PSB) e acabou derrotado por Jarbas Vasconcelos (PMDB). Em 2000, Roberto Magalhães (DEM, à época PFL) tinha uma reeleição dada como certa. Para que os tucanos aterrissassem em seu palanque, substituiu Raul Henry (PMDB) por Sérgio Guerra PSDB) na vice e as urnas acabaram coroando João Paulo.
Enganam-se também os que têm “pouca fé” na candidatura de João Paulo ao Senado. “A convocação de João Paulo para Petrolina (no início de maio, no auge do tiroteio interno no PT) foi uma sinalização clara disso. Eduardo tem perfeita compreensão do peso dele na Região Metropolitana do Recife e do peso da RMR nessa eleição”, diz um palaciano.
O nome de Armando, por sua vez, parece ainda mais consolidado. “O PTB foi o último a se integrar ao Governo, mas sempre muito fiel, correto com Eduardo. Em nenhum momento eles causaram qualquer tipo de problema”, avalia o mesmo integrante do Governo.
Em ambos os casos, pesa também a articulação pluripartidária já consolidada. “João Paulo e Armando se movimentam há algum tempo, já conseguiram apoios importantes em vários partidos da base e temos por princípio manter a base coesa. Não será tomado um caminho que coloque essa união em risco”, conclui o governista. Ou seja, Eduardo não está pré-disposto a invencionices. Ainda assim, lembram muitos, a política é deveras dinâmica, cenários se alteram rapidamente. Resta, pois, esperar a voz do dono, da boca do dono da voz. E isso, jura o dono, só em 2010.
“Eduardo não vai tirar Lyra. O simbolismo da vice é forte. O sentimento da continuidade passa pela vice”, assegura um socialista muito próximo ao governador. A estratégia tem respaldo na história. Em 1998, Arraes trocou Jorge Gomes (PSB) por Fernando Bezerra Coelho (PSB) e acabou derrotado por Jarbas Vasconcelos (PMDB). Em 2000, Roberto Magalhães (DEM, à época PFL) tinha uma reeleição dada como certa. Para que os tucanos aterrissassem em seu palanque, substituiu Raul Henry (PMDB) por Sérgio Guerra PSDB) na vice e as urnas acabaram coroando João Paulo.
Enganam-se também os que têm “pouca fé” na candidatura de João Paulo ao Senado. “A convocação de João Paulo para Petrolina (no início de maio, no auge do tiroteio interno no PT) foi uma sinalização clara disso. Eduardo tem perfeita compreensão do peso dele na Região Metropolitana do Recife e do peso da RMR nessa eleição”, diz um palaciano.
O nome de Armando, por sua vez, parece ainda mais consolidado. “O PTB foi o último a se integrar ao Governo, mas sempre muito fiel, correto com Eduardo. Em nenhum momento eles causaram qualquer tipo de problema”, avalia o mesmo integrante do Governo.
Em ambos os casos, pesa também a articulação pluripartidária já consolidada. “João Paulo e Armando se movimentam há algum tempo, já conseguiram apoios importantes em vários partidos da base e temos por princípio manter a base coesa. Não será tomado um caminho que coloque essa união em risco”, conclui o governista. Ou seja, Eduardo não está pré-disposto a invencionices. Ainda assim, lembram muitos, a política é deveras dinâmica, cenários se alteram rapidamente. Resta, pois, esperar a voz do dono, da boca do dono da voz. E isso, jura o dono, só em 2010.
Folha de Pernambuco
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