segunda-feira, 8 de junho de 2009

Problemas da PCR preocupam Palácio


As polêmicas envolvendo a gestão João das Costa (PT) começaram a atingir o Governo Eduardo Campos (PSB). Segundo altos integrantes do Palácio do Campo das Princesas, uma pesquisa interna mostraria que a aprovação do socialista caiu no Recife. Os palacianos creditam essa queda aos insucessos da administração petista. Diretamente ligado ao PSB, o governo João da Costa tem sua imagem muito associada a Eduardo e ao presidente Lula (PT), em decorrência da campanha de 2008, cujo mote foi vincular o até então candidato desconhecido ao ex-prefeito João Paulo - seu padrinho político - ao governador e ao presidente.
Principal partido depois do PT no conjunto de forças que governa o Recife, o PSB ocupa espaços importantes na Prefeitura. Tem o vice-prefeito, Milton Coelho, que é ligadíssimo ao governador, além dos secretários Heraldo Selva (Habitação), Amparo Araújo (Desenvolvimento Social) e Ricardo Soriano (Assuntos Jurídicos) - esse último, entretanto, foi convidado para o cargo mais pela relação de proximidade com João da Costa do que pelo fato ser filiado ao PSB. Mas é tido como um nome da cota socialista.
Apesar de ter caído no Recife, a aprovação de Eduardo ainda é muito alta na capital: ultrapassaria os 70%, segundo aqueles que citam o levantamento. Em contraponto, a aprovação da gestão teria subido nos demais municípios da Região Metropolitana e no interior do Estado. Por isso, o sinal de alerta ainda não acendeu no Palácio. A pesquisa também revelou, afirma-se nos bastidores, que, no cenário para 2010, Eduardo bateria o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) por 65% das intenções de voto contra 24% do peemedebista.
O estudo foi realizado antes da mais nova polêmica envolvendo João da Costa: a entrevista concedida pela secretária de Gestão Estratégica e Comunicação Social, Lygia Falcão, ontem, na qual ela revelou que o processo de transição não vem ocorrendo de forma completamente tranquila. Um palaciano teme que os imbróglios petistas se configurem em um problema para Eduardo. “Até agora não chegou nada para o governador resolver. Mas 2010 está chegando e um quadro ruim no Recife pode atrapalhar a reeleição do governador”, ponderou.

Folha de Pernambuco

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