Pressionada, a Mesa Diretora do Senado decidiu afastar o diretor-geral da Casa, Alexandre Gazineo, e o diretor de Recursos Humanos, Ralph Campos. O afastamento deles é uma resposta à crise que atinge o Senado depois da revelação de que foram assinados cerca de 600 atos secretos para nomear e exonerar parentes de parlamentares, além de aumentar salários. A maioria dos atos foi assinada por Gazineo, embora o diretor-geral do Senado à época fosse Agaciel Maia.
Anteontem, vários senadores pediram ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a demissão de Gazineo e dos ex-diretores Agaciel Maia e João Carlos Zoghbi. Os dois deixaram diretorias do Senado após denúncias de irregularidades, mas continuam empregados no Senado.
Como Agaziel e Zoghbi, Gazineo e Campos perdem apenas a função de diretor-geral. Mas continuam empregados no Senado, pois são funcionários contratados da Casa. O lugar de Gazineo será ocupado por Haroldo Tájra, servidor de carreira do Senado. Para o lugar de Campos foi indicado Dóris Marize Peixoto.
Os dois novos diretores vão ficar nos cargos por 90 dias. Depois desse período, podem permanecer nas diretorias de acordo com o desempenho nos cargos. Dóris Marize era a presidente da comissão de sindicância que investigou a edição dos atos secretos no Senado. Tajra é assessor do primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI).
CRÍTICAS
A indicação dos novos servidores foi criticada por líderes governistas e da oposição. Senadores consideraram a medida insuficiente frente à crise dos atos secretos, mas avaliam que a decisão dá fôlego para José Sarney permanecer no cargo. Para o líder do PT, Aloizio Mercadante (SP), as novas nomeações são insuficientes para o Senado contornar a crise. “Foi uma resposta necessária, mas insuficiente. O Senado tem que acelerar a reforma administrativa e submeter a escolha do diretor-geral ao plenário”, afirmou.
O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), disse que conversou com Heráclito Fortes sobre o “histórico” de Haroldo Tájra e de Dóris Marize Peixoto. Senadores comentam que os servidores não representam estabilidade porque Tájra, que trabalha na primeira secretaria, teria ligações com o ex-primeiro-secretário Efraim Moraes (DEM-PB), alvo de inúmeras denúncias de má gestão na tesouraria do Senado, enquanto Dóris foi envolvida no escândalo dos atos secretos.
Dóris foi chefe de gabinete da ex-senadora e atual governadora licenciada do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), quando uma prima de Roseana teria sido contratada para trabalhar no gabinete.
Folha de Pernambuco
Anteontem, vários senadores pediram ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a demissão de Gazineo e dos ex-diretores Agaciel Maia e João Carlos Zoghbi. Os dois deixaram diretorias do Senado após denúncias de irregularidades, mas continuam empregados no Senado.
Como Agaziel e Zoghbi, Gazineo e Campos perdem apenas a função de diretor-geral. Mas continuam empregados no Senado, pois são funcionários contratados da Casa. O lugar de Gazineo será ocupado por Haroldo Tájra, servidor de carreira do Senado. Para o lugar de Campos foi indicado Dóris Marize Peixoto.
Os dois novos diretores vão ficar nos cargos por 90 dias. Depois desse período, podem permanecer nas diretorias de acordo com o desempenho nos cargos. Dóris Marize era a presidente da comissão de sindicância que investigou a edição dos atos secretos no Senado. Tajra é assessor do primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI).
CRÍTICAS
A indicação dos novos servidores foi criticada por líderes governistas e da oposição. Senadores consideraram a medida insuficiente frente à crise dos atos secretos, mas avaliam que a decisão dá fôlego para José Sarney permanecer no cargo. Para o líder do PT, Aloizio Mercadante (SP), as novas nomeações são insuficientes para o Senado contornar a crise. “Foi uma resposta necessária, mas insuficiente. O Senado tem que acelerar a reforma administrativa e submeter a escolha do diretor-geral ao plenário”, afirmou.
O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), disse que conversou com Heráclito Fortes sobre o “histórico” de Haroldo Tájra e de Dóris Marize Peixoto. Senadores comentam que os servidores não representam estabilidade porque Tájra, que trabalha na primeira secretaria, teria ligações com o ex-primeiro-secretário Efraim Moraes (DEM-PB), alvo de inúmeras denúncias de má gestão na tesouraria do Senado, enquanto Dóris foi envolvida no escândalo dos atos secretos.
Dóris foi chefe de gabinete da ex-senadora e atual governadora licenciada do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), quando uma prima de Roseana teria sido contratada para trabalhar no gabinete.
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