domingo, 28 de junho de 2009

Não há como negar, Brasil é o favori­to con­tra os EUA



Poucas vezes na his­tó­ria do fu­te­bol mun­dial o Brasil che­ga tão fa­vo­ri­to como pa­ra a de­ci­são da Copa das Confederações con­tra os Estados Unidos, que será rea­li­za­da neste do­min­go, às 15h30 (de Brasília), no Ellis Park Stadium, em Johannes­burgo. Vindo de uma cam­pa­nha de 100% de apro­vei­ta­men­to, atra­ves­san­do um ex­ce­len­te mo­men­to e com o time in­vic­to há 15 par­ti­das (sendo as úl­ti­mas sete só de vi­tó­rias), a Seleção Brasileira está com a faca e o quei­jo na mão para con­quis­tar o seu ter­cei­ro tí­tu­lo da com­pe­ti­ção. Mas mesmo com tudo cons­pi­ran­do a favor dos bra­si­lei­ros, a Seleção está pre­gan­do a hu­mil­da­de para não tomar o mesmo des­ti­no de Itália e Espanha, as ou­tras fa­vo­ri­tas, que deram lugar na final aos Estados Unidos.
Apesar de ter dito di­ver­sas vezes que não en­tra­ria na Copa das Confederações com o ob­je­ti­vo prin­ci­pal de con­quis­tar o tí­tu­lo - pois sua meta é clas­si­fi­car a Seleção à Copa do Mundo de 2010 -, o tí­tu­lo dei­xa­ria Dun­ga mais forte do que nunca sob o co­man­do do Brasil. Muito bom para quem as­su­miu o co­man­do do time, há quase três anos, para ser ape­nas um que­bra-galho.
Porém, mesmo com o “já ga­nhou” cria­do em torno do Brasil, hu­mil­da­de é a pa­la­vra da vez entre os bra­si­lei­ros. “Sabemos que temos um time muito forte, mas temos que mos­trar es­for­ço para ven­cer. Por isso en­tra­mos nos jogos com hu­mil­da­de”, re­su­miu o vo­lan­te Felipe Melo. “Eles têm seu pró­prio es­ti­lo de atuar. Sentaremos e ana­li­sa­re­mos o que temos de fazer para vencê-los. Mas não será fácil”, adian­tou Dunga, já pre­ven­do que os 3x0 apli­ca­dos nos Estados Unidos, ainda na pri­mei­ra fase, não de­ve­rão ser re­pe­ti­dos com a mesma fa­ci­li­da­de. Naquele jogo, para quem não lem­bra, o trei­na­dor teve o luxo de pou­par qua­tro jo­ga­do­res. Agora, irá com força total.
Por outro lado, os norte-ame­ri­ca­nos já con­si­de­ram fazer uma final con­tra os bra­si­lei­ros uma ex­pe­riên­cia digna de um tí­tu­lo. Mesmo assim, eles ga­ran­tem que vão se impor. Para o za­guei­ro e ca­pi­tão do time, Carlos Bocanegra, os EUA pre­ci­sam ser mais agres­si­vos do que foram no pri­mei­ro duelo entre as equi­pes. “Daquela vez, es­tá­va­mos in­ti­mi­da­dos e ti­ve­mos muito res­pei­to. Depois, con­se­gui­mos de­sen­vol­ver um bom fu­te­bol con­tra o Egito e nos im­pu­ser­mos con­tra a Espanha. E é isso que temos que fazer dian­te do Brasil”, disse.
Para o téc­ni­co norte-ame­ri­ca­no, Bob Bradley, a prin­ci­pal forma de anu­lar o Brasil é mar­can­do Kaká e Robinho. “Quan­do Kaká e Robinho têm es­pa­ço, são cria­das as me­lho­res si­tua­ções. Precisamos evi­tar isso de qual­quer ma­nei­ra”, disse.

Marc-Vivien Foé

Antes da de­ci­são entre Brasil e Estados Unidos, a Fifa pres­ta­rá uma ho­me­na­gem ao ca­ma­ro­nês Marc-Vivien Foé, morto em 2003, du­ran­te a Copa das Confederações, rea­li­za­da na França. O jo­ga­dor, que tinha 28 anos, so­freu um co­lap­so na par­ti­da con­tra a Colômbia e mor­reu ví­ti­ma de uma hi­per­tro­fia car­día­ca.

Brasil

Júlio César; Maicon, Lúcio, Luisão e André Santos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Ramires e Kaká; Robinho e Luis Fabiano. Técnico: Dunga.

Estados Unidos

Howard; Spector, Onyewu, Bocanegra e DeMerit; Bradley, Dempsey, Clark e Donovan; Davies e Altidore. Técnico: Bob Bradley.

Local: Ellis Park Stadium (em Johannesburgo, na África do Sul)
Horário: 15h30 (ho­rá­rio de Brasília)
Árbitro: Não di­vul­ga­do

Folha de Pernambuco

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