sábado, 27 de junho de 2009

Demora na necropsia de Michael


O resultado final da necropsia de Michael Jackson poderá demorar de seis a oito semanas, afirmou ontem o porta-voz do Instituto Médico Legal de Los Angeles, Ed Winter. "Faremos exames toxicológicos e uma análise extensa antes de termos os resultados finais", afirmou. Winter indicou ainda que um informe preliminar sobre a causa da morte provavelmente será adiado até que sejam conhecidos os resultados das análises. As autoridades locais tentam agora desvendar o que causou a morte do cantor. Umas das hipóteses levantadas é de que Michael tenha abusado de medicamentos.
Michael morreu às 14h26 (18h26 de Brasília) de ontem vítima de uma parada cardíaca. Socorrido por paramédicos de Los Angeles, ele passou por procedimentos de reanimação, mas os médicos não conseguiram salvá-lo. Ele tinha 50 anos, em uma vida marcada por sucessos, extravagâncias e casos de polícia.
A polícia de Los Angeles abriu uma investigação para esclarecer as circunstâncias que levaram à repentina morte do cantor, poucos minutos após seu internamento. Jackson teve vários episódios com drogas vendidas somente sob prescrição médica ao longo de sua carreira e vinha tomando remédios devido às lesões que sofria durante os ensaios para seu grande regresso artístico, disse Brian Oxman, advogado, porta-voz da família e amigo pessoal do artista.
Segundo ele, o uso destes medicamentos preocupava a família, já que vários membros do staff de Jackson tinham autorização para obter estas drogas. "Não conheço a causa de tudo isso, mas eu temia o caso. Isso é um claro resultado de abuso de medicamentos, a não ser que a causa seja outra, afirmou.
Familiares de Michael Jackson asseguraram que o cantor recebeu "uma alta dose de morfina" logo antes de sua morte, segundo o portal especializado em celebridades TMZ, primeiro a notociar a morte do astro. O pai do artista, Joe Jackson, queria levar seu filho recentemente a um centro de reabilitação em Palmdale, na Califórnia, por considerar que ele tinha uma "dependência" de morfina e medicamentos com prescrição médica.
Outros membros da família disseram que o cantor não estava preparado para fazer os próximos shows previstos para julho, por causa do uso dessas substâncias. De fato, representantes da turnê, prevista para começar em julho, disseram ao TMZ que Michael geralmente se encontrava em estado "letárgico" e chegava tarde aos ensaios.
O portal também assegurou que um membro próximo à família de Michael afirmou que o cantor recebia uma injeção diária de Demerol, um medicamento similar à morfina, e que, ontem, dia da morte de Jackson, recebeu uma dose por volta das 11h30 (15h30, no horário de Brasília). A fonte acrescentou que a dose foi "alta demais" e que causou sua morte.
Autoridades estão procurando o médico pessoal de Jackson, que estava na casa do artista no momento da morte. O médico, que poderia ter dado a injeção de Demerol em Michael, está desaparecido. A polícia passou o dia inteiro de ontem examinando o carro do médico da família de Michael. Autoridades acreditam que o veículo possa conter medicamentos ou pistas do que pode ter levado o artista à morte. Karen Rayner, porta-voz da polícia de Los Angeles, disse que os investigadores irão interrogar o médico, cuja identidade não foi revelada. Ela apenas garantiu que ele não está sob investigação criminal.


Folha de Pernambuco

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