O clima no PSDB esquentou após a reeleição do líder do partido na Câmara, José Aníbal (SP). A divisão, que deve ser tornada pública nesta tarde, pode prejudicar os planos do partido para a eleição presidencial de 2010.
Um grupo de dissidentes com cerca de 20 deputados tucanos, que está reunido neste momento, decidiu há pouco (4) ignorar a recondução de Aníbal à liderança e atuar de forma paralela na Casa, desprezando as orientações do deputado paulista.
O grupo acusa Aníbal de ter feito uma manobra para continuar à frente da bancada. Em princípio, o partido deveria ter votado na noite de ontem (3) um novo estatuto, que vetava a reeleição na liderança. A decisão, que constava de ata assinada no último mês de outubro, porém, foi desconsiderada por 36 deputados, que optaram por prorrogar o estatuto de 1997, que permite a reeleição.
Os dissidentes classificaram a recondução de José Aníbal como um “golpe” e sua candidatura “ilegítima”. A ala tucana insatisfeita ainda está discutindo como o grupo atuará. A intenção, em princípio, é atuar de forma paralela, com reuniões semanais.
Na reunião que ainda está em curso, também estão sendo debatidas as conseqüências do racha em relação à candidatura do PSDB – indefinida entre os governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG) – nas eleições presidenciais do próximo ano. Os dissidentes admitiram que a ruptura prejudicará a posição dos tucanos em 2010, mas optaram por continuar os planos do grupo paralelo que quer "reestabelecer a ética do partido", conforme palavras de um dos deputados presentes à reunião. (Renata Camargo)
Congresso Em Foco
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