sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Polícia da Suíça diz que Paula não estava grávida e se auto-mutilou



A Polícia da Suíça concedeu uma entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (13) informando que a advogada pernambucana Paula Oliveira não estava grávida no dia da agressão e que ela mesma pode ter provocado os cortes no corpo. Os policiais da Suíça afirmaram também que três homens foram detidos e depois liberados por falta de provas.
O pai da advogada, que está na Suíça, disse ao repórter Marcos Losekann por telefone que duas agentes da polícia chegaram a visitar a brasileira no hospital onde ela está internada para pedir desculpas. As policiais disseram houve um erro porque Paula não deveria ter prestado depoimento a policiais homens. As agentes teriam garantido que as investigações sobre o caso vão recomeçar do zero.
Em visita oficial ao Recife, o presidente Luís Inácio Lula da Silva disse que o Governo está empenhado em cobrar das autoridades da Suíça a apuração do caso.
Paula Oliveira foi agredida na Suíça, num crime com características xenofóbicas. A pernambucana falava ao telefone com a mãe numa estação de trem na cidade de Dubendorf (Suíça), perto de Zurique, no último domingo (8), quando foi abordada por três homens que vestiam roupas pretas e tinham as cabeças raspadas. Um deles tinha uma suástica, símbolo nazista, tatuada na parte de trás da cabeça.
Os três torturaram a brasileira por cerca de dez minutos, usando estiletes. De acordo com a vítima, eles gritavam palavras de ordem contra estrangeiros. Os agressores deixaram a sigla do partido político SVP marcada no corpo dela. A legenda é de direita e dá sustentação ao governo suíço.
Por causa da agressão, Paula perdeu os bebês gêmeos que estavam no 3º mês de gestação. Eram duas meninas. De acordo com a família da advogada, ainda não há previsão de quando ela deixará o hospital.

da Redação do pe360graus.com

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