A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, bem que tentou falar somente sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na cerimônia preparada sob medida para divulgar o plano vitaminado. Mas não conseguiu. Sorridente, ela respondia a todas as dúvidas dos jornalistas quando, de repente, veio a pergunta inevitável. Questionada se gostaria de ser presidente da República para comandar os investimentos de R$ 502,2 bilhões, previstos para o período pós-2010, Dilma mostrou que já adquiriu jogo de cintura política
"Minha querida, essa resposta você não tira de mim nem amarrada", disse ela para a insistente repórter, provocando gargalhadas na plateia. Pré-candidata do PT à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010, Dilma vem sendo treinada pelo Planalto para não escorregar em cascas de banana e mostrou aplicação nesse quesito.
"O governo quer ter um candidato para dar continuidade ao PAC e garantir que o País não tenha mais interrupção de investimentos. Se serei eu ou não é outra história", desconversou a ministra, diante da jornalista que não arredava pé dali. "Eu desejo bastante que o governo tenha esse candidato "
Vestida com um terno azul claro e acompanhada de seu inseparável laptop para conferir o andamento das obras, Dilma seguiu à risca os conselhos de Lula e procurou "traduzir" o PAC para a vida real, ao apresentar o balanço de dois anos do programa.
Tribuna da Imprensa
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