quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Petistas combinam trégua por Dilma



KARLA Menezes: todos voltarão imbuídos da tarefa de eleger a ministra
A tão propagada unidade petista pode mesmo ser concretizada, com o estabelecimento de uma trégua entre as muitas tendências que compõem o PT, em prol da candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência da República. No dia 18 deste mês, terá início o Congresso Nacional do PT, em Brasília, onde a proposta de união e o pacto de tolerância com as diferenças internas serão colocados como fator primordial para o sucesso da empreitada da sigla na eleição de outubro.

“Após o congresso, todos voltarão imbuídos da tarefa de eleger a ministra Dilma. Do papel que cada um terá que desempenhar para isso”, afirmou a presidente do PT recifense, Karla Menezes, durante o Baile Municipal para a pessoa idosa, no Chevrolet Hall. Ela contou que o pensamento corrente na executiva nacional do PT é transportar o debate que ocorrerá no Congresso Nacional para os encontros que serão realizados em cada Estado, em março, e, depois, replicar para as reuniões das zonais da legenda, em junho.

A estratégia é de fechar todos os posicionamentos ainda em aberto na esfera nacional para evitar que as divergências sejam resolvidas em instâncias menores. “Desse jeito, o partido vai resolvendo suas questões maiores no campo nacional e reforçando o discurso nos congressos estaduais e, por fim, nas zonais”, disse, ressaltando que a proximidade do período eleitoral evitará grandes modificações nas zonais. Para o prefeito João da Costa (PT), a construção da unidade no PT, levando em consideração a dinâmica interna da sigla, se dará com uma “pactuação mínima”, onde cada exponha seus interesses. O gestor entende que a proposta terá sucesso se for feito uma discussão política e dos projetos defendidos pelos diferentes grupos. “Se não, fica só no proselitismo”, atestou.

Contudo, um importante petista afirmou, em reserva, que não acredita que a unidade desejada ocorra. Ele alegou que, apesar do interesse de todos de eleger Dilma, interesses relacionados às eleições proporcionais e majoritárias nos estados podem atrapalhar a construção do processo. (Folha de Pernambuco)

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