Quarenta e cinco anos depois do golpe militar de 1964, e quatro anos após a queima de documentos secretos desse período na Base Aérea de Salvador, a Bahia segue como um dos estados mais atrasados no que diz respeito à memória sobre a ditadura em seu território. Enquanto, por exemplo, São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro já abriram os arquivos do Departamento de Ordem Política e Social, a polícia política do regime militar, na Bahia não há qualquer sinal de quando isso poderá acontecer. Para se ter uma ideia do atraso do estado, basta lembrar que os arquivos em Pernambuco foram abertos há 19 anos e os de São Paulo há 18. Até hoje a Bahia não possui um memorial, na contramão também de estados como Pernambuco, Paraná e Rio de Janeiro. “Aqui na Bahia, a gente nunca viu um papel oficial, não se tem acesso e notícia de nenhum arquivo”, ressaltou a presidente do grupo Tortura Nunca Mais, Diva Santana. As informações são do jornal A Tarde.
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