sábado, 11 de abril de 2009

Henry vê estratégia combinada


O deputado federal oposicionista Raul Henry (PMDB) afirmou, ontem, que a hipótese de serem lançadas duas candidaturas governistas ao Palácio do Planalto resume-se a uma “estratégia combinada”. Dois nomes têm frequentado os noticiários políticos como presidenciáveis da base: a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), e o deputado federal Ciro Gomes (PSB). “Eles podem ter a estratégia de duas candidaturas para tentar levar a eleição (presidencial) para o segundo turno, sobretudo, se o favoritismo de (José) Serra (governador de São Paulo, do PSDB) se confirmar”, assinalou o parlamentar que vem trabalhando pelo fortalecimento da oposição no Estado.
Ele descartou ainda a possibilidade de um apoio do governador Eduardo Campos a Ciro, em nível nacional, respingar na aliança estadual entre o PSB e o PT. “É pouco provável que o PT não saia com Eduardo em 2010”, apostou Henry. Em referência a uma tendência do governador de livrar Lula de críticas e atribuir aos ministros a responsabilidade pelos equívocos na política econômica do País, Raul soltou: “Eduardo precisa assumir o ônus de ser da base do Governo”. Para a oposição, no entanto, o fator desavença na ala governista é indiferente nas duas esferas. “O eixo da oposição deve ser fazer seu discurso e apresentar seus projetos”, disse o peemedebista.
Ele rechaçou ainda qualquer lucro na tendêncida de Ciro “bater” em Dilma em se tratando de disputa pelo Planalto. “O que precisamos é mostrar que esse governo errou ao perder oportunidades no período de maior crescimento da economia, não ter realizado reformas e, com a crise agora, teve que cortar R$ 25 bilhões do orçamento em vários ministérios, penalizando áreas fundamentais”, desabafou o parlamentar, voltando a focar no ônus, que, segundo ele, também precisa ser assumido pelo presidente da República.


Folha de Pernambuco
Foto/Arquivo:Josélia Maria

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