O deputado federal Fernando Filho (PSB), em seu pronunciamento na Câmara dos Deputados privilegiou a discussão que trata de alternativas que podem ser adotadas pelo governo brasileiro para incrementar as exportações da fruticultura nacional. Com a diminuição das exportações, devido à crise financeira internacional, o deputado defende medidas que não se limitem a garantir recursos a operações de crédito para importações e exportações. Para Fernando Filho, o Brasil precisa celebrar acordos bilaterais visando desenvolver e ampliar nossas relações comerciais fortalecendo a fruticultura nacional nos seus diferentes pólos de produção, inclusive na região do vale do São Francisco. “Há um forte movimento em outros países visando à criação de mais mecanismos que aprofundem as relações comerciais, eliminando assim as tarifas e barreiras protecionistas para possibilitar a dinamização das operações de exportação e importação de produtos e serviços”, esclarece. O deputado usou como exemplo os acordos bilaterais bem sucedidos firmados entre o Chile e Estados Unidos, países europeus, asiáticos e do hemisfério sul que permitem ampliar continuamente as operações e as parcerias comerciais. “O Chile exporta uva para a Europa com isenções fiscais de importação em quatro dos seis períodos do ano graças a acordos bilaterais e de reciprocidade por eles firmados. O Brasil não desfruta dessa condição, uma vez que as exportações de frutas são sempre taxadas pelos padrões considerados rigorosos, para proteger a produção local, chegando a mais de 14%”, comparou Fernando. “Se tivéssemos uma tarifa zero, ou seja, a eliminação do duty cobrado pelos importadores, nossos produtores ganhariam o suficiente para suportar a crítica situação econômico-financeira em que se encontram”, defendeu. As preocupações de Fernando Filho recaem principalmente sobre a produção do Vale do são Francisco que se destaca no cenário internacional como um dos principais produtores e exportadoras de uva e manga frescas, as quais representam cerca de 40% das exportações brasileiras de frutas in natura, com resultado anual da balança comercial superior a 270 milhões de dólares, mas que atualmente encontram sérias dificuldades para manter mercados já conquistados e expandir as exportações, na busca de novos compradores. “No segundo semestre deste ano, quando o preço da uva brasileira estará bem superior aos praticados por Chile, África do Sul e outros, uma redução de tarifa ganharia reflexo ainda maior, porque tornaria mais competitivo o preço de venda da fruta produzida em nosso país”, alertou o deputado.
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