domingo, 12 de abril de 2009

CARLOS WILSON:Trajetória política: da Arena ao PT


Filho do ex-senador Wilson Campos, Carlos Wilson ingressou na política muito jovem, como assessor da Presidência do INCRA, em 1972, na gestão de Moura Cavalcanti. Aos 25 anos foi eleito o deputado federal mais jovem da legislatura 1975/1979. Militou na Arena até 1980, quando ingressou no PMDB, já no seu segundo mandato parlamentar. Nessa época, foi eleito segundo secretário da Câmara.Sua atuação nos primeiros anos de congressista foi pautada pela defesa da SUDENE e de políticas sociais e econômicas diferenciadas para a região Nordeste. Em 1987, Carlos Wilson foi eleito vice-governador na chapa comandada por Miguel Arraes. Três anos mais tarde, tornou-se governador do Estado de Pernambuco, quando Arraes deixou o cargo para disputar a eleição para a Câmara dos Deputados. “Cali”, como era mais conhecido o político, comandou o Estado durante 11 meses.Em 1995, já no PSDB, Wilson foi eleito senador, sendo o mais votado na ocasião, mesmo integrando a chapa liderada por Gustavo Krause (PFL), derrotado por Miguel Arraes (PSB). Em 1998 Cali foi candidato a governador, apresentando-se como opção de terceira via antes Jarbas Vasconcelos (PMDB) e Miguel Arraes (PSB). Ficou em terceiro lugar, com cerca de 7,5% dos votos. Carlos Wilson também disputou outra eleição majoritária, em 2000, quando se candidatou a prefeito do Recife pelo PPS. No primeiro turno chegou em terceiro, e no segundo declarou apoio a João Paulo (PT), na eleição histórica em que o petista venceu Roberto Magalhães (PFL).Dois anos mais tarde, em candidatura avulsa pelo PTB ao Senado, em virtude da verticalização, mas já aliado ao então candidato Luis Inácio Lula da Silva (PT), não conseguiu a reeleição. Mesmo recebendo 1.330.451 votos ficou atrás de Marco Maciel (PFL) e Sérgio Guerra (PSDB).Aliado e amigo do presidente eleito, Lula, Carlos Wilson foi convidado para comandar a Infraero. Foi presidente da empresa até 2006 quando disputou nova eleição para deputado feral, já filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT). Foi o sexto melhor colocado, com 141.203 votos. Nos últimos anos do mandato, manteve-se a maior parte do tempo em licença médica, na luta contra o câncer que enfrentou até a noite de ontem.


Blog da Folha

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