História mostra a força do partido desde a restauração da democracia Em 24 disputas pelas presidências do Parlamento, peemedebistas venceram 17
Com a morte de Ulysses Guimarães, partido ficou sem um comandante com credibilidade em todas as correntes internas e viu sua hegemonia ameaçada
Eumano Silva
O maior partido do Brasil armou o bote para recuperar o controle total do Congresso. Nesta segunda-feira (1º), o PMDB tenta eleger Michel Temer (SP) e José Sarney (AP) para as presidências da Câmara e do Senado. Se a estratégia der certo, os peemedebistas voltam a acumular, depois de 16 anos, os dois cargos mais importantes do Legislativo brasileiro.
Situação semelhante ocorreu quando acabou a ditadura militar, em 1985. Aliado ao PFL, o PMDB chegara ao Palácio do Planalto com o ex-adversário José Sarney e mandava no Congresso, liderado pelo deputado Ulysses Guimarães (SP).
Durante oito anos o partido presidiu ao mesmo tempo a Câmara e o Senado. Ulysses e o senador José Fragelli (MS), eleitos em 1985, formaram a primeira dobradinha. O deputado paulista ainda ficou mais dois anos e assumiu, também, a presidência da Assembléia Nacional Constituinte. Desta vez, fez dupla com Humberto Lucena (PB), escolhido sucessor de Fragelli.
O PMDB só perdeu a hegemonia em 1993. Primeiro-secretário da Mesa Diretora na gestão de Ibsen Pinheiro, Inocêncio de Oliveira (PFL-PE) aproveitou as boas relações adquiridas com os colegas de todos os partidos e venceu o gaúcho Odacir Klein na disputa de 1993 pela presidência da Câmara.
Mesmo obrigado a dividir poder, desde a instauração da Nova República, o PMDB elegeu sete presidentes da Câmara e dez presidentes do Senado nas disputas regulares, sem contar as feitas em função de renúncia dos titulares no meio do mandato. No mesmo período, todos os outros partidos, juntos, venceram cinco sucessões na Câmara e duas no Senado, ambas com o pefelista Antonio Carlos Magalhães.
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