Mais água – para o consumo e para o cultivo de alimentos – chegará aos lares de famílias do Semiárido brasileiro neste ano. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) pretende, em 2009, atender a 45.442 famílias com o programa de Cisternas (primeira água) e os reservatórios para agricultura familiar (segunda água). Além disso, vai iniciar o projeto pioneiro de construção de cisternas em escolas públicas da área rural da Bahia. O investimento total nessas ações será de R$ 89,4 milhões. Só neste ano, serão implantadas 37 mil cisternas, ao custo de R$ 55,3 milhões. Elas são também chamadas de primeira água, pois o líquido ali armazenado serve o dia-a-dia das famílias, especialmente para o consumo e preparo dos alimentos. As cisternas são construídas com placas de cimento, por meio de tecnologia popular que capta a água das chuvas. Esse tipo de tanque permite armazenar 16 mil litros, o suficiente para o uso de uma família de cinco pessoas durante o período da seca. Dessa forma, os moradores não precisam mais se deslocar por longas distâncias em busca da água encontrada em em açudes, poços e barreiros. Para a segunda água - destinada ao apoio à agricultura familiar na produção de alimentos para o autoconsumo - a meta em, 2009, é instalar 8.442 reservatórios. Serão 3.827 cisternas calçadão; 395 barragens subterrâneas; 104 tanques de pedras; 208 bombas d´água popular; 500 barraginhas e 600 cisternas de enxurradas. O custo será de R$ 25,1 milhões. Esses reservatórios também usam a tecnologia que capta água da chuva. Em 2008, o programa cisternas recebeu o investimento de R$ 53 milhões e foram construídas 25 mil unidades. O orçamento para os reservatórios para a agricultura foi de R$ 22,5 milhões para a instalação de 2.512 cisternas, barragens subterrâneas, tanques de pedra ou barraginhas, sendo 592 unidades concluídas no ano passado. Desde 2003, essas ações têm beneficiado 1,1 milhão de pessoas com 219 mil unidades instaladas em 1.125 MunicípiosEscolas - O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, em parceria com o Ministério da Educação, pretende também instalar 86 cisternas em escolas públicas do Semiárido da Bahia. Para isso, serão investidos R$ 1,2 milhão. A iniciativa tem o objetivo de melhorar a garantia da segurança alimentar e nutricional, através do abastecimento da água potável da chuva e da educação ambiental nas escolas. “As cisternas integradas às hortas escolares serão o eixo mobilizador para um projeto pedagógico, junto às crianças, de conscientização ambiental, cidadania, segurança alimentar e convivência com a realidade da região”, explica o diretor da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Cesar Medeiros.
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