sábado, 14 de fevereiro de 2009

“Eduardo vai ter mais quatro anos no governo”


Se depender do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as pretensões do governador Eduardo
Campos (PSB) de se lançar em um vôo nacional serão adiadas para 2014. Lula revelou, ontem, que não pretende convidar o fiel aliado para ser candidato à vice-presidente na chapa à sua sucessão, que provavelmente será encabeçada pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT). “Os adversários do Eduardo têm que se preparar que o Eduardo vai ter mais quatro anos no governo”, afirmou o presidente, destacando que Eduardo não conseguirá deixar sua marca no Estado em apenas quatro anos de gestão. O presidente também anunciou a função que o ex-prefeito João Paulo (PT) terá no seu governo. O ex-gestor prestará uma espécie de consultoria a prefeitos novatos em todo o País. Nesta entrevista, concedida no Marco Zero, após conhecer a primeira fazenda marítima de peixes Beijupirá do Brasil, Lula também classificou como “absurda” a tentativa da oposição de impedir Dilma de viajar o País inaugurando obras do PAC sob o argumento de a ministra está antecipando a corrida eleitoral.



Eduardo Campos






Os adversários do Eduardo têm que se preparar que o Eduardo vai ter mais quatro anos no governo. Sabe o que acontece? Eu acho que tem uma obra a ser construída por esses meninos que assumiram o governo em 2006, ou seja, tudo que nós estamos fazendo pelo Brasil afora vai começar a ganhar impulso mesmo a partir de agora. Então eu acho que o Eduardo não vai conseguir realizar uma obra de transformação em Pernambuco em apenas quatro anos. Por isso, sabe, eu acho que ele vai ter muito tempo aqui. Agora, obviamente que o Eduardo é presidente (nacional) de um partido (o PSB), um quadro político como poucos no Brasil. Ele pode dar o salto que ele quiser dar, e eu acho que nós somos tão parceiros que todos saltos nós daremos juntos.



João Paulo






Ele vai continuar sendo meu companheiro com muito mais tempo, agora, de disponibilizar para mim. Vai me ensinar a levitar, eu vou ficar muito mais leve. Ele quer ir até o (Palácio da) Alvorada me ensinar a nadar. Quem sabe eu aprenda a nadar. Mas veja, eu pretendo aproveitar a experiência de alguns (ex) prefeitos, sobretudo neste momento em que nós temos 60% dos prefeitos eleitos no Brasil para o primeiro mandato. É importante aproveitar as experiências bem sucedidas. É uma troca de experiência que eu quero que esses companheiros possam me ajudar a fazer para que as Prefeituras do Brasil possam produzir muito mais e atender melhor os interesses do povo. Só o tempo dirá (se João Paulo entrará no Governo Federal).



Campanha antecipada






Eu, sinceramente, acho uma coisa tão absurda (o DEM e o PSDB entrarem na Justiça pedindo o fim das viagens que a ministra Dilma Rousseff vem fazendo pelo País, por entenderem que trata-se de uma antecipação da campanha eleitoral). Uma coisa tão pequena. Veja, uma pessoa só pode ser candidata depois que tiver a convenção do partido político, que será no ano que vem. Eu não quero crer que os candidatos deles (da oposição) irão ficar dentro de uma redoma de vidro, agora, até quando houver a convenção do partido. A ministra Dilma é responsável pelo PAC. É a Dilma que trabalha sábado e domingo. É a Dilma que trabalha até três horas da manhã. É a Dilma que conversa com os governadores todo o dia. É a Dilma que conversa com os prefeitos. É a Dilma que vai ao Tribunal de Contas (da União). É a Dilma que eu denominei no Rio de Janeiro a mãe do PAC, que trabalha como ninguém jamais trabalhou para que as coisas aconteçam, que tem que viajar para fiscalizar as obras. Ela é quem conversa com (os governadores e pré-candidatos à Presidência pelo PSDB) José Serra (SP) e Aécio (Neves - MG) para que as obras andem. Por isso, seria um fato inusitado proibirem as pessoas responsáveis pelas obras de fiscalizarem as obras.



Dilma candidata?



A ministra é ministra até o momento em que ela se afastar do cargo se for aprovada para ser candidata à alguma coisa. Até lá, ela é ministra e vai continuar exercendo o papel de ministra, como exerce o ministro da Saúde, o do Trabalho, o da Pesca. Eu acho que é pensar pequeno, acho que eles sabem que os candidatos deles estão viajando. Quem tem interesse neste momento de fazer campanha são eles, não eu. Eles têm como única obrigação fazer campanha e encontrar um discurso. E nós temos como obrigação máxima cuidar do Brasil, porque até o dia 31 de dezembro de 2010 eu quero terminar as obras que nós iniciamos.



Caso Manoel Mattos

Há um pedido da família, do governador, do prefeito, do governador da Paraíba (Cássio Cunha lima/PSDB), e do Ministério Público para que a gente possa federalizar esse caso. Eu vou chegar em Brasília na segunda-feira e vou pedir uma conversa com o procurador-geral da República, com o ministro da Justiça, com o secretário de Direitos Humanos e vou ver se nós conseguimos federalizar esse processo.



PAC

As construções das obras do PAC este ano é que vão ganhar fôlego porque nós ficamos um ano e meio preparando, acertando com o Tribunal de Contas, acertando com a Justiça, acertando com o Meio Ambiente e agora tá tudo pronto para produzir.



Frevo
Lamento que vocês vão perder de ver o maior “dançador” de frevo deste País.



Volta a Pernambuco

Venho para a inauguração da fábrica da Sadia (em Vitória de Santo Antão, no final de março).






Folha de Pernambuco

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