Nesta terça-feira, 7 de abril, comemora-se o Dia do Jornalista. A data é uma referência à fundação da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), em 7 de abril de 1908 - exatamente há 101 anos -, embrião da organização sindical dos jornalistas brasileiros como classe trabalhadora.
O Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco (SinjoPE) saúda os companheiros jornalistas de Pernambuco e do Brasil, neste momento de unidade em defesa da formação e do direito à organização, ameaçados por um recurso do Sindicato das Empresas de Rádio e TV de São Paulo e do Ministério Público Federal contra a nossa regulamentação profissional.
Este 7 de abril é de reafirmação da nossa luta e princípios, que têm origem na fundação da ABI, e no ideário de seu idealizador, Gustavo de Lacerda. É dia da reafirmação, também, de que a sociedade tem direito a receber informação com credibilidade e ética no exercício profissional.
Hoje, estamos em 31 Sindicatos pelo País reunidos em uma federação, a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ). Ao longo do século passado, os jornalistas brasileiros enfrentaram momentos de repressão, perseguição e ataques à liberdade de imprensa e de expressão, particularmente nos longos e duros anos do Estado Novo e do Regime Militar de 1964. Muitos pagaram com a vida, a liberdade e o impedimento ao trabalho.
Nos dias de hoje, vivem a ameaça à sua regulamentação e organização profissionais. Uma ameaça que afeta também a sociedade brasileira. Jornalismo sem fidelidade, sem ética e sem responsabilidade não é Jornalismo, é troca de interesses. Perde o Jornalismo, perde o povo.
Fazemos coro no alerta do presidente da FENAJ, Sérgio Murillo Andrade, ao risco do ataque à exigência do diploma para o acesso ao exercício profissional: "derrubar este requisito à prática profissional significará retrocesso a um tempo em que o acesso ao exercício do Jornalismo dependia de relações de apadrinhamentos e interesses outros que não o do real compromisso com a função social da mídia".
Esta é a luta atual dos jornalistas brasileiros: a preservação do ideário de Gustavo de Lacerda, o direito à organização como trabalhadores e o direito da sociedade a receber informação de qualidade e de credibilidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário