RENATA BEZERRA DE MELO
Senador culpa Lula e Dilma Rousseff por perda de status da Chesf
PEEMEDEBISTA ocupou a tribuna para defender a Região
Senador culpa Lula e Dilma Rousseff por perda de status da Chesf
PEEMEDEBISTA ocupou a tribuna para defender a Região
Em seu primeiro discurso do ano, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) usou a tribuna do Senado, ontem, para protestar contra o esvaziamento da Chesf. Por tabela, reativou a postura de crítico ferrenho do Governo Lula, atribuindo à administração petista e à presidenciável Dilma Rousseff (PT), a responsabilidade sobre o “equívoco” - como classifica o desmonte da companhia. O senador tachou a mudança de status da Chesf como “violência contra o Nordeste”, região em que o presidente tem consagrado peso eleitoral.
“É uma tremenda violência não apenas contra a empresa e seu corpo técnico. A decisão do Governo é uma agressão contra o Nordeste”, grifou o peemedebista. Mais na frente, questionou: “Pior: será que o Nordeste não pode sediar uma empresa do porte da Chesf? Será que merecemos apenas ser filiais do poder central?”. Antes, Jarbas Vasconcelos cuidou de fazer uma espécie de mini-inventário da empresa para mostrar que o Governo estaria pautado por interesses financeiros ao pretender “rebaixar a Chesf” em troca de “turbinar a Eletrobrás”.
O senador comparou os lucros de 2009 da Chesf - R$ 764,4 milhões - com o da controladora Eletrobras - R$ 170 milhões. “Trata-se de um processo semelhante ao que ocorre nas fusões, quando o grupo maior paulatinamente apaga a marca do parceiro menor. O problema é que nesse caso a empresa apagada, a Chesf, é bem maior do que a parceira”, argumentou Jarbas Vasconcelos.
No seu discurso, ainda lembrou o papel da ex-ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, nas articulações e alertou para o fato de que ela não poderá fugir dessa culpa. “Afinal de contas, Dilma é apresentada como a grande gestora do Governo. Essa alcunha deve valer também para as trapalhadas. A verdade não deve ser escamoteada pelos marqueteiros que orientam a candidata do PT”, alfinetou o senador.
Em sua análise, o presidente Lula está “embriagado” pelos elevados índices de aprovação, o que explicaria o fato de ele ser a favor do esvaziamento. O próprio Presidente da República afirmou que queria transformar a Eletrobrás numa “nova Petrobrás”. Segundo Jarbas, Lula acha que pode tudo. “Acredita piamente que é uma versão brasileira do Rei Midas: tudo que toca vira ouro. Quer seja uma ministra ou uma empresa estatal”, ironizou.
Jarbas recebeu apartes dos senadores Marco Maciel (DEM) e Eduardo Suplicy (PT). Mas foi o ex-ministro das Minas e Energia, Edison lobão (PMDB), quem arrematou a defesa do Governo, negando haver intenção de extinguir a Chesf. “A Chesf não precisa ser absorvida, ela já pertence a Eletrobras, assim como as demais”, assinalou. Lobão lembrou ter procurado prestigiar a empresa “de todos os modos”, ressaltou que ela presta “um relevante serviço ao País, não apenas ao Nordeste e a Pernambuco”.
Como exemplo de “prestígio”, o ex-ministro disse que a empresa foi convidada a se tornar sócia num dos consórcios que que concorreram à Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (RO). E avisou: “O presidente Lula não será o coveiro da Chesf”. (Folha de Pernambuco)
“É uma tremenda violência não apenas contra a empresa e seu corpo técnico. A decisão do Governo é uma agressão contra o Nordeste”, grifou o peemedebista. Mais na frente, questionou: “Pior: será que o Nordeste não pode sediar uma empresa do porte da Chesf? Será que merecemos apenas ser filiais do poder central?”. Antes, Jarbas Vasconcelos cuidou de fazer uma espécie de mini-inventário da empresa para mostrar que o Governo estaria pautado por interesses financeiros ao pretender “rebaixar a Chesf” em troca de “turbinar a Eletrobrás”.
O senador comparou os lucros de 2009 da Chesf - R$ 764,4 milhões - com o da controladora Eletrobras - R$ 170 milhões. “Trata-se de um processo semelhante ao que ocorre nas fusões, quando o grupo maior paulatinamente apaga a marca do parceiro menor. O problema é que nesse caso a empresa apagada, a Chesf, é bem maior do que a parceira”, argumentou Jarbas Vasconcelos.
No seu discurso, ainda lembrou o papel da ex-ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, nas articulações e alertou para o fato de que ela não poderá fugir dessa culpa. “Afinal de contas, Dilma é apresentada como a grande gestora do Governo. Essa alcunha deve valer também para as trapalhadas. A verdade não deve ser escamoteada pelos marqueteiros que orientam a candidata do PT”, alfinetou o senador.
Em sua análise, o presidente Lula está “embriagado” pelos elevados índices de aprovação, o que explicaria o fato de ele ser a favor do esvaziamento. O próprio Presidente da República afirmou que queria transformar a Eletrobrás numa “nova Petrobrás”. Segundo Jarbas, Lula acha que pode tudo. “Acredita piamente que é uma versão brasileira do Rei Midas: tudo que toca vira ouro. Quer seja uma ministra ou uma empresa estatal”, ironizou.
Jarbas recebeu apartes dos senadores Marco Maciel (DEM) e Eduardo Suplicy (PT). Mas foi o ex-ministro das Minas e Energia, Edison lobão (PMDB), quem arrematou a defesa do Governo, negando haver intenção de extinguir a Chesf. “A Chesf não precisa ser absorvida, ela já pertence a Eletrobras, assim como as demais”, assinalou. Lobão lembrou ter procurado prestigiar a empresa “de todos os modos”, ressaltou que ela presta “um relevante serviço ao País, não apenas ao Nordeste e a Pernambuco”.
Como exemplo de “prestígio”, o ex-ministro disse que a empresa foi convidada a se tornar sócia num dos consórcios que que concorreram à Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (RO). E avisou: “O presidente Lula não será o coveiro da Chesf”. (Folha de Pernambuco)
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