Serra desinteressou-se por palanques regionais
Três meses atrás, quando Serra dava os primeiros passos visando à renúncia ao governo de São Paulo para ser candidato a presidente da República, escalou o presidente nacional do partido, Sérgio Guerra, para organizar os “palanques regionais” nos 27 estados da federação e no Distrito Federal. Foi um “stress” que parecia não ter fim. O senador pernambucano deu inúmeras viagens ao Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, sempre em nome da montagem dos tais “palanques regionais”.
Exatamente no curso desse “stress”, o diretor do instituto de pesquisas “Vox Populi”, Marcos Coimbra, escreveu um artigo para o jornal “Correio Braziliense” provando que “palanque regional” não tem nenhuma importância em eleição presidencial. Ele disse que todos os presidentes que se elegeram de 1989 para cá – Collor, FHC e Lula - chegaram ao poder sem depender de “palanques regionais”, sendo que, no caso do alagoano, eles deram mais prejuízo do que lucro eleitoral.
Serra se convenceu do acerto da tese e desistiu de implorar a dois senadores que se candidatassem aos governos dos seus estados: Jarbas Vasconcelos (PE) e Tasso Jereissati (CE). Até porque Pernambuco é prova de que “palanque regional” não tem nada a ver com eleição presidencial. Em 1994 Arraes foi eleito governador contra Gustavo Krause, então apoiado por FHC, que se elegeu presidente. E em 2002 Jarbas se elegeu contra Humberto Costa, que era apoiado por Lula, que venceu Serra.
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