Coluna da Folha de Pernambuco da sexta-feira, 23/04/10
Se as oposições pernambucanas já se encontram desarticuladas visando às eleições de 3 de outubro, essa desarticulação só tende a aumentar depois que o senador Jarbas Vasconcelos oficializar no próximo dia 30 a sua decisão de não ser candidato a governador. Vão aparecer muitos culpados pela sua não candidatura e o tucano Sérgio Guerra vai figurar entre esses. Jarbas exigia que o tucano fosse candidato à reeleição, porém ele nunca deu declaração convincente dizendo que seria.
Sérgio Guerra, segundo Jarbas, é um político “pragmático”, que adotou como lema em sua vida pública aquilo que dizia Agamenon Magalhães: “Em política, feio é perder”. Ele sabe que se disputasse a reeleição dificilmente se reelegeria e perderia a coordenação política da campanha de José Serra. Assim, o pragmatismo falou mais alto e ele vai fazer exatamente aquilo que todo político pragmático faz: garantir o mandato de deputado federal e a coordenação política da campanha do PSDB.
A partir de 1º de maio, portanto, o PMDB estadual não vai estar tão junto assim do PSDB. Um vai botar a culpa no outro pelo fato de Jarbas não ter sido candidato. Além disso, vão se digladiar pelo direito de indicar o nome que vai disputar a eleição com o governador Eduardo Campos. Ambos vão reivindicar a cabeça da chapa, não com expectativa de vitória e sim para projetar o nome do candidato com vistas às eleições do Recife. É aí que crescem as chances do deputado Raul Henry.
(Inaldo Sampaio)
Fotos:Google
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