O governo da Bahia passará por uma reforma no seu quadro de secretários e deve começar 2009 com uma nova configuração política. O anúncio foi feito pelo governador Jaques Wagner (PT), na manhã de segunda-feira, 3, ao desembarcar da aeronave da American Airlines, que inaugurou a primeira linha direta da companhia ligando Salvador e Miami, nos Estados Unidos.
A informação surgiu depois de uma semana tumultuada quando Wagner e o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, principal liderança peemedebista na Bahia, discutiram o futuro da aliança PT-PMDB no Estado
A informação surgiu depois de uma semana tumultuada quando Wagner e o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, principal liderança peemedebista na Bahia, discutiram o futuro da aliança PT-PMDB no Estado.
O chefe do Executivo baiano não apresentou detalhes sobre quais os setores e partidos serão afetados pela reforma do secretariado e apenas afirmou considerar “natural que, daqui até dezembro, a gente faça algumas modificações para a segunda metade do governo”. Entre as mudanças pode estar o desligamento do PMDB das duas secretarias que comanda, a da Infra-estrutura e da Indústria, Comércio e Mineração.
O chefe do Executivo baiano não apresentou detalhes sobre quais os setores e partidos serão afetados pela reforma do secretariado e apenas afirmou considerar “natural que, daqui até dezembro, a gente faça algumas modificações para a segunda metade do governo”. Entre as mudanças pode estar o desligamento do PMDB das duas secretarias que comanda, a da Infra-estrutura e da Indústria, Comércio e Mineração.
DECISÃO – A reforma, segundo o governador, seria feita entre os meses de março e abril, entretanto, foi adiada em função da proximidade das eleições. De qualquer modo, a mudança de secretariado acontecerá em um momento decisivo para a aliança PT-PMDB nos âmbitos estadual e federal.
No pleito em Salvador, os petistas foram tratados como adversários pelos peemedebistas, que se aproximaram do DEM no segundo turno. Agora, o PT convive com a expectativa de que os democratas passem a integrar a administração municipal do prefeito reeleito João Henrique Carneiro (PMDB).
No pleito em Salvador, os petistas foram tratados como adversários pelos peemedebistas, que se aproximaram do DEM no segundo turno. Agora, o PT convive com a expectativa de que os democratas passem a integrar a administração municipal do prefeito reeleito João Henrique Carneiro (PMDB).
Por outro lado, o PSDB, principal opositor ao governo do presidente Lula, inclusive na disputa pela Presidência da República em 2010 , integra a base de apoio do governador e no segundo turno na capital baiana se aproximou do candidato petista, o que gerou especulações sobre a entrada efetiva dos tucanos no governo Wagner, assumindo alguma secretaria. Além disso, a Assembléia Legislativa está em pleno processo de reconfiguração das comissões e de disputa pela presidência da Casa.Apesar de o governador não adiantar por onde começarão as mudanças, a expectativa nos bastidores do poder e dos partidos é que a reforma atinja além das secretarias sob o comando do PMDB, as secretarias de Relações Institucionais (Serin) e, principalmente, do Desenvolvimento Urbano (Sedur), ambas nas mãos do PT.“As especulações são um reconhecimento do trabalho do governo nas áreas de habitação e saneamento. Antes, ninguém ouvia falar da Sedur. Em um ano e meio da nossa gestão, o orçamento da secretaria passou de pouco mais de R$ 100 milhões para R$ 700 milhões, e o número de convênios saltou de 28 mil para 26 mil. Este cenário transformou a Sedur em atrativo para os outros partidos”, afirmou Afonso Florence, titular da secretaria, destacando que não cogita a sua saída e “em nenhum momento fui posto em estado de alerta pelo governador. Contudo, sou um homem de partido, sempre estive e estarei no projeto de governo, estando à frente de uma secretaria ou não”, ressaltou.TUCANOS – Principal nome do PSDB citado nas conversas de bastidores como possível novo secretário, o ex-candidato a prefeito de Salvador Antônio Imbassahy não quis comentar o anúncio do governador. Já outro tucano, o presidente da Assembléia Legislativa, Marcelo Nilo enfatizou que o PSDB não pleiteia cargo algum e que o partido continuará na base do governo independentemente da reforma do secretariado. “O governador é livre para tomar suas decisões e convidar quem quiser”, disse.
Leonardo Leão, do A TARDE
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