Por Ed Ruas
Da Folha de Pernambuco
Tentando evitar especulações sobre sua empreitada futebolística e os futuros rumos políticos, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho (PSB), defendeu a linha da harmonia da base governista, em entrevista à Folha de Pernambuco, na última quinta-feira. Evitando colocar-se como um dos postulantes ao Senado, o socialista defende que a chapa de 2010 deve contemplar os principais partidos aliados. Sobre a derrota do PSB em Petrolina, ele garante que não fez “corpo mole”, mas foi obrigado a se “afastar”, pois seu grupo não foi “convidado” a participar da campanha. E garante que se Lula tiver um candidato fora do PT, para a Presidência da República, esse nome será o do governador Eduardo Campos
Ao assumir a presidência do Santa Cruz...
Ah, não. Futebol de um lado, política de outro. Não quero misturar não.
Mas o senhor não ganhou mais visibilidade? Não há ganho político com isso?
Acho que não. Aqui no Estado tivemos experiências distintas sobre participação de políticos no futebol. Acho que os mais recentes foram Jarbas Vasconcelos (PMDB), como presidente do Conselho Deliberativo do Sport. E tivemos também André Campos (PT), como presidente do Náutico. Jarbas parece que se deu bem, enfim, foi reeleito governador no período. E André fez um belíssimo trabalho no Náutico e terminou não se elegendo deputado estadual. Então, não é isso que motiva. A atividade do futebol é muito arriscada, do ponto de vista da paixão. Mexe-se com coisas que às vezes não têm muita racionalidade. Você pode fazer tudo certinho, mas se o time não ganhar em campo, você vai ser cobrado por resultado.
Mas o senhor vai participar pessoalmente de eventos para atrair mais sócios? Existirá a possibilidade de uma van percorrer alguns municípios atrás de torcedores...
Não... Isso é um trabalho que a área de comunicação está desenvolvendo no sentido de motivar a torcida. Nesse projeto de recuperação do Santa Cruz, o papel da torcida vai ser fundamental. Santa Cruz vai precisar de recursos, de renda. Então a presença da torcida no Estado é importante. Quando se falou de van foi para divulgar a marca do Santa Cruz, tentar reproduzir um pouco a experiência de grandes clubes do Rio Grande do Sul, Grêmio e Internacional, que têm consulados no Interior. Isso não quer dizer que o presidente vai. Evidente que tenho as atividades do Santa Cruz, de jogos que poderia ir. Mas não que eu vá estar lá.
Já começam a lançar nomes para 2010, a exemplo das possíveis postulações para o Senado do prefeito João Paulo (PT) e Armando Monteiro Neto (PTB). O nome do senhor também é cotado. Qual o projeto de Fernando Bezerra Coelho para 2010?
Nosso projeto é o projeto do PSB. O projeto do PSB é a reeleição do governador Eduardo Campos. Estamos cuidando para que o governador possa ser candidato à reeleição na mais ampla aliança política já formada no Estado. Os espaços da chapa de reeleição de Eduardo terão como premissa reunir o maior apoio político possível.
Mas qual o projeto político e pessoal de Fernando Bezerra Coelho?
Evidente que como político a gente tem nossos projetos. Tendo sido prefeito de Petrolina três vezes, deputado federal duas vezes e deputado estadual, negar que a gente não tenha interesse de disputar uma eleição majoritária em Pernambuco estaria escondendo uma coisa que a gente acalenta de muito tempo. Se vamos ter a oportunidade ou não é o processo político que vai determinar. Vamos estar posicionados. Se tiver chance, ótimo. Se não tivermos
Ao assumir a presidência do Santa Cruz...
Ah, não. Futebol de um lado, política de outro. Não quero misturar não.
Mas o senhor não ganhou mais visibilidade? Não há ganho político com isso?
Acho que não. Aqui no Estado tivemos experiências distintas sobre participação de políticos no futebol. Acho que os mais recentes foram Jarbas Vasconcelos (PMDB), como presidente do Conselho Deliberativo do Sport. E tivemos também André Campos (PT), como presidente do Náutico. Jarbas parece que se deu bem, enfim, foi reeleito governador no período. E André fez um belíssimo trabalho no Náutico e terminou não se elegendo deputado estadual. Então, não é isso que motiva. A atividade do futebol é muito arriscada, do ponto de vista da paixão. Mexe-se com coisas que às vezes não têm muita racionalidade. Você pode fazer tudo certinho, mas se o time não ganhar em campo, você vai ser cobrado por resultado.
Mas o senhor vai participar pessoalmente de eventos para atrair mais sócios? Existirá a possibilidade de uma van percorrer alguns municípios atrás de torcedores...
Não... Isso é um trabalho que a área de comunicação está desenvolvendo no sentido de motivar a torcida. Nesse projeto de recuperação do Santa Cruz, o papel da torcida vai ser fundamental. Santa Cruz vai precisar de recursos, de renda. Então a presença da torcida no Estado é importante. Quando se falou de van foi para divulgar a marca do Santa Cruz, tentar reproduzir um pouco a experiência de grandes clubes do Rio Grande do Sul, Grêmio e Internacional, que têm consulados no Interior. Isso não quer dizer que o presidente vai. Evidente que tenho as atividades do Santa Cruz, de jogos que poderia ir. Mas não que eu vá estar lá.
Já começam a lançar nomes para 2010, a exemplo das possíveis postulações para o Senado do prefeito João Paulo (PT) e Armando Monteiro Neto (PTB). O nome do senhor também é cotado. Qual o projeto de Fernando Bezerra Coelho para 2010?
Nosso projeto é o projeto do PSB. O projeto do PSB é a reeleição do governador Eduardo Campos. Estamos cuidando para que o governador possa ser candidato à reeleição na mais ampla aliança política já formada no Estado. Os espaços da chapa de reeleição de Eduardo terão como premissa reunir o maior apoio político possível.
Mas qual o projeto político e pessoal de Fernando Bezerra Coelho?
Evidente que como político a gente tem nossos projetos. Tendo sido prefeito de Petrolina três vezes, deputado federal duas vezes e deputado estadual, negar que a gente não tenha interesse de disputar uma eleição majoritária em Pernambuco estaria escondendo uma coisa que a gente acalenta de muito tempo. Se vamos ter a oportunidade ou não é o processo político que vai determinar. Vamos estar posicionados. Se tiver chance, ótimo. Se não tivermos
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