“Precisamos de alguém para dizer que existe uma alternativa ao modelo capitalista. Mas não vou à TV para dar aulas sobre o sistema de produção de mercadorias”, promete. Formado na esquerda cristã, Plínio presidiu a JUC (Juventude Universitária Católica). Apoiou o governo João Goulart e foi cassado poucos dias depois do golpe militar de 1964. Participou da fundação do PT, onde militou até 2005. Agora, prepara artilharia pesada contra o governo e o partido que ajudou a eleger. “Vou atacar o Lula fortemente. Politicamente, ele é um traidor da classe”, dispara. Também podem esperar chumbo a petista Dilma Rousseff -a quem ele só se refere como “aquela senhora”- e a verde Marina Silva. “A Marina declarou que direita e esquerda são conceitos ultrapassados. Não existe discurso mais de direita do que esse”, provoca. “O PV é um partido de governos. Está em todos, pode olhar.” Ele ainda promete críticas a José Serra, colega de exílio no Chile e de estudos nos EUA. “Somos amigos, mas temos divergências políticas. Vou destruir os argumentos dele na campanha”, avisa. O pré-candidato ostenta um apoio de peso na intelectualidade de esquerda. Estão na lista Leandro Konder, Carlos Nelson Coutinho, Fábio Konder Comparato e Aziz Ab’Saber -todos desiludidos com Lula. Prestes a completar 80 anos, em 26 de julho, o promotor aposentado diz que não lhe faltará energia para pedir votos. “O candidato tem a saúde precária, mas sua disposição é extraordinária”, assegura. Para driblar a falta de dinheiro, ele aposta na solidariedade. “Não admito contribuição de empresa. Se explora a mais-valia, não tem conversa”, diz. “Vamos fazer rifas, vender pedaços de bolo. Como o PT no seu início”, diz. (Folha de São Paulo)
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