JAIRO LIMA
Considerada pivô da queda do então secretário Silvio Costa Filho (PTB), em dezembro do ano passado, a deputada estadual Terezinha Nunes (PSDB), que apresentou as denúncias sobre o suposto superfaturamento de cachês pagos, pela Empetur, a artistas, e até mesmo sobre a inexistência de shows em algumas cidades interioranas, não ficou convencida com a isenção do petebista pela auditoria do Governo. A tucana prefere aguardar as apurações dos outros órgãos - Ministério Público Federal, Polícia Federal e Tribunal de Contas do Estado (TCE) que investigam o caso. Em especial, ela espera pelo resultado das apurações do Ministério Público Federal. “Essa é apenas a primeira parte das investigações. Somente o Ministério Público Federal poderá dizer quem é o responsável. Só quem vai saber é o Minsitério Público Federal”, afirmou.
Para ela, a nota oficial emitida pela Secretaria de Turismo não especifica nominalmente os responsáveis. “Não podemos dizer quem foi”, alertou. Terezinha Nunes acredita que a responsabilidade de Silvio Costa Filho pode não ser meramente administrativa. “Pode haver outras formas de participação”, analisou. Quanto ao reembolso ao erário, determinado pela Setur, a deputada entendeu como um procedimento normal. “A secretaria estava inadimplente, é uma ação feita realizada pela obrigatoriedade da Lei”, reforçou.
A queda de Silvio Filho teve início dia 24 de novembro, quando a bancada de oposição da Assembleia Legislativa ingressou com uma representação no Ministério Público, visando à investigação de supostas irregularidades nos projetos Festejos Natalinos e Verão Pernambuco (2008). Na ocasião, Terezinha, em conjunto com seu bloco oposicionista, elencou alguns eventos que apresentavam indícios de superfaturamento no pagamento de cachês a artistas contratados pela Empetur, que apontariam o mal uso de recursos na ordem de R$ 5,7 milhões para shows realizados em 22 municípios do Estado. A oposição chegou a tentar instalar uma CPI na Alepe sem obter êxito.(Folha de Pernambuco)
Foto:Josélia Maria
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