“Olhai agora para a Capital da Esperança do Brasil”. Com este discurso, Juscelino Kubitschek, há 50 anos, inaugurava Brasília, para ser um farol de modernidade para o interior do País, que, naquela época, concentrava a riqueza e o desenvolvimento no litoral. Ontem, 50 anos passados daquele dia, Brasília esteve em festa. Mas uma festa embaraçosa para uma população que está sendo governada por alguém que mal conhece, eleito pela Câmara Legislativa, às pressas, a nove meses do fim do mandato.
O governador que havia sido escolhido pelos eleitores - José Roberto Arruda - foi alijado das comemorações. Acusado de ser o mentor de um esquema de cobrança de propina e pagamento de mesada a aliados do governo, trouxe para a cidade o título de primeiro governador preso por denúncia de corrupção e deu mote para o Procurador-Geral da República pedir intervenção federal no governo. “Antes, quando falavam para os brasilienses sobre os corruptos de Brasília, todos faziam questão de dizer que os corruptos estavam aqui porque os eleitores dos outros estados os elegiam e os mandavam para cá. Com a prisão do governador, perdemos o discurso”, lamenta Adelmir Santana, senador pelo DEM e presidente da Fecomércio-DF, sintetizando o que parece ser um sentimento comum na cidade.
“Juscelino Kubitschek dizia que Brasília irradiaria uma nova forma de fazer política. Mas como controlar os fatores? Os políticos trouxeram consigo os hábitos políticos”, questiona o professor de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), Leonardo Barreto. Brasília, na avaliação do professor, é como outra cidade qualquer: “Tem sua classe política local, que cria redutos, que alimenta esses redutos, com cargos, com clientelismo. E os cidadãos não são mais politizados que no restante do País”. Ex-governador do Distrito Federal, o senador Cristovam Buarque (PDT), diz acreditar que a cidade está comemorando o cinquentenário com um sentimento misto de tristeza e alegria. “A verdade é que a gente fica envergonho de ter tido um governador preso. Mas a cassação dele pela Justiça Eleitoral foi uma conquista da população”.
Para o líder do PSB na Câmara dos Deputados, Rodrigo Rollemberg, o aniversário da cidade marca o fim de um ciclo. “Pode estar se enterrando com uma prática ultrapassada e danosa de fazer política, onde sempre se confundiu o interesse público com o privado. Deve haver na cidade uma grande renovação” afirma. (Agência Estado)
O governador que havia sido escolhido pelos eleitores - José Roberto Arruda - foi alijado das comemorações. Acusado de ser o mentor de um esquema de cobrança de propina e pagamento de mesada a aliados do governo, trouxe para a cidade o título de primeiro governador preso por denúncia de corrupção e deu mote para o Procurador-Geral da República pedir intervenção federal no governo. “Antes, quando falavam para os brasilienses sobre os corruptos de Brasília, todos faziam questão de dizer que os corruptos estavam aqui porque os eleitores dos outros estados os elegiam e os mandavam para cá. Com a prisão do governador, perdemos o discurso”, lamenta Adelmir Santana, senador pelo DEM e presidente da Fecomércio-DF, sintetizando o que parece ser um sentimento comum na cidade.
“Juscelino Kubitschek dizia que Brasília irradiaria uma nova forma de fazer política. Mas como controlar os fatores? Os políticos trouxeram consigo os hábitos políticos”, questiona o professor de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), Leonardo Barreto. Brasília, na avaliação do professor, é como outra cidade qualquer: “Tem sua classe política local, que cria redutos, que alimenta esses redutos, com cargos, com clientelismo. E os cidadãos não são mais politizados que no restante do País”. Ex-governador do Distrito Federal, o senador Cristovam Buarque (PDT), diz acreditar que a cidade está comemorando o cinquentenário com um sentimento misto de tristeza e alegria. “A verdade é que a gente fica envergonho de ter tido um governador preso. Mas a cassação dele pela Justiça Eleitoral foi uma conquista da população”.
Para o líder do PSB na Câmara dos Deputados, Rodrigo Rollemberg, o aniversário da cidade marca o fim de um ciclo. “Pode estar se enterrando com uma prática ultrapassada e danosa de fazer política, onde sempre se confundiu o interesse público com o privado. Deve haver na cidade uma grande renovação” afirma. (Agência Estado)
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