As muitas discussões, ocorridas no último mês, entre lideranças das tendências Construindo um Novo Brasil (UL/CNB) e Campo das Esquerdas Unificado (CEU) sobre o comando do PT pernambucano, reascenderam um velho sentimento de divisão na sigla. Contudo, não só das duas correntes, mas principalmente dos seus maiores representantes: Humberto Costa, que é secretário estadual das Cidades, desde o início do Governo Eduardo Campos, e João Paulo, que assumiu a pasta de Articulação Regional há uma semana. Os dois protagonizam há anos um acalorado debate que, geralmente, se inicia com o discurso da busca por uma unidade petista - que é exaltado ainda mais em períodos pré-eleitorais - e, normalmente, termina com celeumas que distanciam cada vez mais os dois grupos.
A antecipação do debate eleitoral provocada por João Paulo, que se apresentou como candidato natural ao Senado, colocou ainda mais pimenta no caldeirão de divergências que o separam de Humberto Costa. Na ocasião, a proposta despertou comentários de reprovação da antiga Unidade da Luta. O presidente estadual do partido, Jorge Perez, veio a público para rechaçar a iniciativa do correligionário e assegurar que a indicação do nome da legenda para a disputa por uma vaga na Casa Alta só se daria no próximo ano e deveria respeitar a chamada maioria, pertencente ao seu grupo.
As lideranças do bloco asseguram que os principais quadros do partido e a maior parte dos filiados vestem a camisa da antiga UL e que, por isso, haveria uma preferência por indicação para o Senado vinda da corrente. “Os cinco deputados estaduais do partido são do CNB, também dois dos quatro federais (Pedro Eugênio e Maurício Rands) e dois dos cinco vereadores do Recife (Jurandir Liberal e Luiz Eustáquio). E nossa inserção nos movimentos sociais e sindicais é bem maior. Temos mais representantes nos movimentos negro, ambientais e outros. Além de, tirando o prefeito do Recife, João da Costa, todos os outros gestores municipais do Estado pertencem ao nosso grupo”, explicou o deputado estadual Isaltino Nascimento.
Humberto corroborou com o correligionário, destacando que o PT tem outros quadros, incluindo o seu próprio nome - caso fosse convocado pela direção - e o do deputado Maurício Rands, que poderiam representar a sigla na chapa majoritária.
Todavia, integrantes do CEU questionam a representatividade dessa maioria defendida pelo CNB, até porque, no Recife, o grupo de João Paulo tem a hegemonia. Asseguram que essa vantagem não “faz a diferença” em disputas eleitorais. O presidente da Câmara, Múcio Magalhães, disse preferir contabilizar a “maioria social” ligada à figura de João Paulo e não a que é ligada à antiga UL. “Não dá para comparar a soma dos votos conseguidos pelos cinco deputados estaduais, que, não ultapassam 300 mil, com o que João Paulo é capaz de receber, algo que passa de um milhão se ele for o candidato ao Senado. É uma maioria interna que não chega à sociedade”, disparou Múcio. Na verdade o coeficiente da votação alcançada pelos parlamentares citados é de 175.650.
No histórico de eleições com a participação dos dois, João Paulo tem a vantagem. Em três disputas por cargos majoritários (1996, 2000 e 2004 para a Prefeitura do Recife), o petista venceu duas e conseguiu eleger seu sucessor no primeiro turno, em 2008, com uma votação que ultrapassou a casa dos 480 mil votos. Já Humberto não conseguiu se eleger nas suas tentativas ao Governo do Estado, ao Senado e à PCR. Contudo em disputas proporcionais, ambos se destacaram por votações expressivas. João foi vereador e o deputado estadual mais votado por duas vezes. Humberto teve mandato de deputado federal e foi campeão de votos para vereador do Recife.
A antecipação do debate eleitoral provocada por João Paulo, que se apresentou como candidato natural ao Senado, colocou ainda mais pimenta no caldeirão de divergências que o separam de Humberto Costa. Na ocasião, a proposta despertou comentários de reprovação da antiga Unidade da Luta. O presidente estadual do partido, Jorge Perez, veio a público para rechaçar a iniciativa do correligionário e assegurar que a indicação do nome da legenda para a disputa por uma vaga na Casa Alta só se daria no próximo ano e deveria respeitar a chamada maioria, pertencente ao seu grupo.
As lideranças do bloco asseguram que os principais quadros do partido e a maior parte dos filiados vestem a camisa da antiga UL e que, por isso, haveria uma preferência por indicação para o Senado vinda da corrente. “Os cinco deputados estaduais do partido são do CNB, também dois dos quatro federais (Pedro Eugênio e Maurício Rands) e dois dos cinco vereadores do Recife (Jurandir Liberal e Luiz Eustáquio). E nossa inserção nos movimentos sociais e sindicais é bem maior. Temos mais representantes nos movimentos negro, ambientais e outros. Além de, tirando o prefeito do Recife, João da Costa, todos os outros gestores municipais do Estado pertencem ao nosso grupo”, explicou o deputado estadual Isaltino Nascimento.
Humberto corroborou com o correligionário, destacando que o PT tem outros quadros, incluindo o seu próprio nome - caso fosse convocado pela direção - e o do deputado Maurício Rands, que poderiam representar a sigla na chapa majoritária.
Todavia, integrantes do CEU questionam a representatividade dessa maioria defendida pelo CNB, até porque, no Recife, o grupo de João Paulo tem a hegemonia. Asseguram que essa vantagem não “faz a diferença” em disputas eleitorais. O presidente da Câmara, Múcio Magalhães, disse preferir contabilizar a “maioria social” ligada à figura de João Paulo e não a que é ligada à antiga UL. “Não dá para comparar a soma dos votos conseguidos pelos cinco deputados estaduais, que, não ultapassam 300 mil, com o que João Paulo é capaz de receber, algo que passa de um milhão se ele for o candidato ao Senado. É uma maioria interna que não chega à sociedade”, disparou Múcio. Na verdade o coeficiente da votação alcançada pelos parlamentares citados é de 175.650.
No histórico de eleições com a participação dos dois, João Paulo tem a vantagem. Em três disputas por cargos majoritários (1996, 2000 e 2004 para a Prefeitura do Recife), o petista venceu duas e conseguiu eleger seu sucessor no primeiro turno, em 2008, com uma votação que ultrapassou a casa dos 480 mil votos. Já Humberto não conseguiu se eleger nas suas tentativas ao Governo do Estado, ao Senado e à PCR. Contudo em disputas proporcionais, ambos se destacaram por votações expressivas. João foi vereador e o deputado estadual mais votado por duas vezes. Humberto teve mandato de deputado federal e foi campeão de votos para vereador do Recife.
Folha de Pernambuco
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