segunda-feira, 24 de agosto de 2009

57 anos sem Agamemnon Magalhães


Esta segunda-feira marca os 57 anos da morte do ex-governador de Pernambuco, Agamemnon Sérgio de Godoy Magalhães, um dos mais representativos gestores da história do Estado, também reconhecido nacionalmente. Lembrado como um grande político e administrador, o ex-governador faleceu aos 58 anos de idade, em decorrência de um enfarte fulminante, sofrido em 24 de agosto de 1952. O cientista político Hely Ferreira dimensionou bem a relevância de Agamemnon para o Brasil. “Trata-se de um ‘homem integral’. Aquele tipo de político que não fica restrito apenas a seu tempo. Como um grande ator, que renasce em cada peça, ele está vivo em sua obra”, enalteceu.
De acordo com o estudioso, Agamemnon Magalhães figura na categoria dos melhores governadores do Estado. “Podemos dizer que Pernambuco teve três grandes governadores: Maurício de Nassau, Agamemnon Magalhães e Miguel Arraes. Eles eram conhecidos não só aqui, mas nacionalmente. Sua representatividade é tão notória, que ele dá nome a uma das maiores avenidas do Estado, a um hospital de referência, a escolas... Ele fez parte de um tempo em que as pessoas podiam se orgulhar dos seus políticos”, destacou Helly Ferreira.
Agamemnon Magalhães foi governador de Pernambuco duas vezes. De 1937 a 1945, nomeado pelo então presidente Getúlio Vargas, durante o Estado Novo; e de 1951 a 1952, eleito pelo voto popular. Como gestor, ele estimulou o desenvolvimento econômico do Estado determinando a construção e pavimentação de quilômetros de estrada.
Foi o ex-governador quem criou a Caixa de Crédito Mobiliário de Pernambuco, transformada depois no Bandepe, e o Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep). Durante sua gestão, a capital pernambucana foi modernizada com a abertura da avenida Guararapes, construção da ponte Duarte Coelho e do parque 13 de Maio.
Agamemnon Magalhães preocupou-se em melhorar a vida da população pobre. No seu governo, foram construídas milhares de casas, em substituição aos mocambos onde moravam trabalhadores de origem humilde. Naquele tempo, as conhecidas vilas populares, que funcionavam sob a responsabilidade da Liga Social contra o Mocambo, instituída em 12 de julho de 1939, espalharam-se pelo Recife, abrigando famílias de diversos segmentos de trabalhadores. O ex-governador também fundou centros operários, escolas, uma editora e instituiu seminários pedagógicos.



Folha de Pernambuco

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