Já tendo passado dos setenta, Roberto Magalhães não se candidatará a um novo mandato quando concluir o atual porque se desencantou com a vida pública. Ele é a versão pernambucana do deputado Ciro Gomes, que se considera um inútil na Câmara Federal porque ali se conversa muito e se produz pouco em favor do país e do seu povo. Magalhães não chega a tanto em relação ao Congresso. Mas está decepcionado com o grau de adesismo porque quase todo mundo lá, hoje, se diz “lulista”.
Bons tempos aqueles do PSD e da UDN, diz ele, em que havia nitidez na luta política. Governo era governo e oposição era oposição. Hoje, lamenta, o presidente Lula é apoiado por 17 partidos, o que dá uma média de 400 deputados numa Câmara composta por 513. O que sobra para as oposições formada por cento e poucos parlamentares é fazer discurso que não sai nos jornais, dar entrevista à TV Câmara que ninguém assiste e propor CPIs que quase sempre a maioria governista aborta.
Assim, não tem mais o que fazer no Congresso e vai se dedicar a outra tarefa: escrever um livro. Não será necessariamente um livro autobiográfico, mas um relato das experiências que teve nos diferentes cargos públicos pelos quais passou. Isso não significa em absoluto que vá se omitir em questões de estado. Continuará na luta, mesmo sem mandato, desta vez pela implantação do voto distrital misto no país para tentar tornar nossa democracia mais representativa e o processo eleitoral mais verdadeiro. (Inaldo Sampaio)
Bons tempos aqueles do PSD e da UDN, diz ele, em que havia nitidez na luta política. Governo era governo e oposição era oposição. Hoje, lamenta, o presidente Lula é apoiado por 17 partidos, o que dá uma média de 400 deputados numa Câmara composta por 513. O que sobra para as oposições formada por cento e poucos parlamentares é fazer discurso que não sai nos jornais, dar entrevista à TV Câmara que ninguém assiste e propor CPIs que quase sempre a maioria governista aborta.
Assim, não tem mais o que fazer no Congresso e vai se dedicar a outra tarefa: escrever um livro. Não será necessariamente um livro autobiográfico, mas um relato das experiências que teve nos diferentes cargos públicos pelos quais passou. Isso não significa em absoluto que vá se omitir em questões de estado. Continuará na luta, mesmo sem mandato, desta vez pela implantação do voto distrital misto no país para tentar tornar nossa democracia mais representativa e o processo eleitoral mais verdadeiro. (Inaldo Sampaio)
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