quarta-feira, 12 de maio de 2010

À base de pomada


Porque ele é filho do senador Romeu Tuma (SP) e detentor de segredos, o governo trata com pomada Minancora o caso do Secretário Nacional da Justiça, Tuma Jr., suspeito de fazer negócios com o ex-chefe da máfia chinesa no Brasil.
O senador quer ser candidato à reeleição. E para completar é do PTB. E o PTB está dividido entre apoiar Dilma Rousseff ou José Serra para presidente da República.
Tuma, o pai, pode ser um voto a mais dentro do PTB favorável a Dilma. De resto, ele é amigo de Lula. Tornou-se amigo depois que o prendeu nos anos 80 em São Bernardo do Campo, São Paulo.
Na época, Lula liderava greves de metalúrgicos. E Tuma era delegado de polícia. Os dois se deram bem.
Lula não é homem de promover rupturas. Nem mesmo "rupturas pactuadas" como a responsável pela transição política na Espanha entre a ditadura de Francisco Franco e a democracia afinal restaurada.
Diante de algo que o incomoda, ou embaraça seu governo, ou deixa mal algum aliado, Lula primeiro se apressa em tentar tirar por menos. Se possível deixa tudo como está.
Se não der, e se o problema começa a deixá-lo mal - ou ao governo -, aí, bem... Sinto muito. Alguém tem que pagar o preço. Mais adiante a gente volta a se entender.
Tuma Jr. já disse: "Daqui não saio. Podem tirar o cavalinho da chuva". Depois disse: "Entro de férias. Voltarei mais moreno".
O mais provável é que não volte. E que Lula recompense o pai de alguma outra maneira.(Blog do Noblat)

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