Geraldo Júlio é considerado gerente do Governo e pode ter papel na eleição
ARTHUR CUNHA
Ele não costuma conceder muitas entrevistas nem é visto com frequência nas tradicionais rodas de conversa que se formam antes dos eventos do Governo. Mas o papel que desempenha na gestão estadual é estratégico - uma espécie de “gerente” de todas as secretarias -, fato que o credenciou a ser apontado como um dos possíveis escolhidos para representar o grupo político do governador Eduardo Campos (PSB) em futuras eleições. Trata-se do secretário de Planejamento e Gestão, Geraldo Júlio (PSB), cujo nome chegou a figurar na bolsa de apostas dos eventuais “vices” na chapa de Campos. Seu papel na administração é similar ao que o atual governador e pré-candidato à reeleição de Minas Gerais, Antônio Anastasia (PSDB), exerceu nos governos Aécio Neves (PSDB), de quem foi vice e secretário de Planejamento.
Governistas já admitem, em reserva, que Geraldo Júlio pode ser o coordenador da campanha à reeleição do “chefe”. Atualmente, ele comanda a pasta responsável por implementar e fiscalizar o tão decantado modelo de gestão do Estado - a “menina dos olhos” de Eduardo. O próprio site do Governo (www. pe.gov.br), no espaço destinado à pasta, dá a noção da importância do papel desempenhado pelo secretário. É atribuição dele “coordenar o processo de planejamento governamental, o Plano Plurianual, a descentralização das ações governamentais, o planejamento regional e metropolitano; normatizar os procedimentos relativos ao processo de elaboração, execução e acompanhamento da legislação Orçamentária do Estado”.
Trocando em miúdos, Geraldo Júlio tem acesso a tudo que acontece nas 26 secretarias estaduais, desde a definição do orçamento para cada programa, ao andamento de todas as obras, passando pela previsão orçamentária a ser disponibilizada no ano seguinte. Ele também participa de todas as reuniões de monitoramento da gestão, assessorando Eduardo no acompanhamento das metas estipuladas para cada área do Governo. “Geraldo tem a informação exata de tudo que acontece neste Governo. Só o próprio Eduardo sabe mais que ele”, definiu um aliado.
Por isso, o governista acredita que o secretário terá a função de coordenador da campanha eduardista. “Caso fosse outra pessoa escolhida, ela teria que consultar Geraldo o tempo todo, já que a campanha será focada nas realizações do Governo. E ninguém melhor do que Geraldo para conhecer cada dado”, argumentou a fonte.
EXEMPLO
Quanto ao fato de o secretário não ser político, o governista utilizou um exemplo bem vivo na memória dos pernambucanos para defender o aliado. “Lembre-se que o hoje prefeito do Recife, João da Costa (PT), não era ‘político’ até disputar e ganhar a eleição no primeiro turno, em 2008. Era secretário do ex-prefeito João Paulo (PT). Por sinal, que pasta ele ocupava?”, questionou o aliado, em tom de ironia, respondendo, em seguida, que Costa comandava na Prefeitura o Planejamento Participativo, cargo que se assemelha ao de Geraldo no Estado, apesar de não ser igual.
Há duas semanas, quando da reforma do secretariado, chegou-se a cogitar que o auxiliar se desincompatibilizaria, fato que não aconteceu. Mas um governista lançou mão de outro argumento que não inviabiliza voos mais altos do secretário. “Ele pode muito bem passar a assumir um papel mais político em um suposto segundo mandato de Eduardo, sem necessariamente ser o vice-governador”, explicou.
Procurado pela Folha, Geraldo Júlio não quis nem saber do assunto. O secretário disse que o governador nunca conversou com ele sobre a vice, coordenação de campanha ou qualquer outro cargo eletivo. “Não tem nada disso. Você pode ver que eu nem me desincompatibilizei. Continuo com a minha função”, desconversou, bem humorado, o socialista. (Folha de Pernambuco)
Ele não costuma conceder muitas entrevistas nem é visto com frequência nas tradicionais rodas de conversa que se formam antes dos eventos do Governo. Mas o papel que desempenha na gestão estadual é estratégico - uma espécie de “gerente” de todas as secretarias -, fato que o credenciou a ser apontado como um dos possíveis escolhidos para representar o grupo político do governador Eduardo Campos (PSB) em futuras eleições. Trata-se do secretário de Planejamento e Gestão, Geraldo Júlio (PSB), cujo nome chegou a figurar na bolsa de apostas dos eventuais “vices” na chapa de Campos. Seu papel na administração é similar ao que o atual governador e pré-candidato à reeleição de Minas Gerais, Antônio Anastasia (PSDB), exerceu nos governos Aécio Neves (PSDB), de quem foi vice e secretário de Planejamento.
Governistas já admitem, em reserva, que Geraldo Júlio pode ser o coordenador da campanha à reeleição do “chefe”. Atualmente, ele comanda a pasta responsável por implementar e fiscalizar o tão decantado modelo de gestão do Estado - a “menina dos olhos” de Eduardo. O próprio site do Governo (www. pe.gov.br), no espaço destinado à pasta, dá a noção da importância do papel desempenhado pelo secretário. É atribuição dele “coordenar o processo de planejamento governamental, o Plano Plurianual, a descentralização das ações governamentais, o planejamento regional e metropolitano; normatizar os procedimentos relativos ao processo de elaboração, execução e acompanhamento da legislação Orçamentária do Estado”.
Trocando em miúdos, Geraldo Júlio tem acesso a tudo que acontece nas 26 secretarias estaduais, desde a definição do orçamento para cada programa, ao andamento de todas as obras, passando pela previsão orçamentária a ser disponibilizada no ano seguinte. Ele também participa de todas as reuniões de monitoramento da gestão, assessorando Eduardo no acompanhamento das metas estipuladas para cada área do Governo. “Geraldo tem a informação exata de tudo que acontece neste Governo. Só o próprio Eduardo sabe mais que ele”, definiu um aliado.
Por isso, o governista acredita que o secretário terá a função de coordenador da campanha eduardista. “Caso fosse outra pessoa escolhida, ela teria que consultar Geraldo o tempo todo, já que a campanha será focada nas realizações do Governo. E ninguém melhor do que Geraldo para conhecer cada dado”, argumentou a fonte.
EXEMPLO
Quanto ao fato de o secretário não ser político, o governista utilizou um exemplo bem vivo na memória dos pernambucanos para defender o aliado. “Lembre-se que o hoje prefeito do Recife, João da Costa (PT), não era ‘político’ até disputar e ganhar a eleição no primeiro turno, em 2008. Era secretário do ex-prefeito João Paulo (PT). Por sinal, que pasta ele ocupava?”, questionou o aliado, em tom de ironia, respondendo, em seguida, que Costa comandava na Prefeitura o Planejamento Participativo, cargo que se assemelha ao de Geraldo no Estado, apesar de não ser igual.
Há duas semanas, quando da reforma do secretariado, chegou-se a cogitar que o auxiliar se desincompatibilizaria, fato que não aconteceu. Mas um governista lançou mão de outro argumento que não inviabiliza voos mais altos do secretário. “Ele pode muito bem passar a assumir um papel mais político em um suposto segundo mandato de Eduardo, sem necessariamente ser o vice-governador”, explicou.
Procurado pela Folha, Geraldo Júlio não quis nem saber do assunto. O secretário disse que o governador nunca conversou com ele sobre a vice, coordenação de campanha ou qualquer outro cargo eletivo. “Não tem nada disso. Você pode ver que eu nem me desincompatibilizei. Continuo com a minha função”, desconversou, bem humorado, o socialista. (Folha de Pernambuco)
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